Rodoviários lançam campanha contra a hanseníase

Rodoviários lançam campanha contra a hanseníase

A hanseníase será tema da campanha “Rodoviários contra a Hanseníase – Embarque nessa viagem contra a doença” que será lançada, em março, no município de São Gonçalo. A cidade é apontada  pelo  Ministério  da  Saúde como os principais bolsões da doença (onde  os  índices  são  preocupantes)  no estado ao lado dos municípios da Baixada Fluminense e da Zona Oeste do Rio. O projeto é uma  iniciativa da Cooperativa de Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro e tem o  objetivo  de  informar  à  população  que a doença tem cura e tratamento gratuito  nos  postos  de  saúde, por meio de cartazes fixados no vidro que fica  atrás  do assento do motorista nos ônibus. A campanha ganhou a adesão do  Sest/Senat,  da  Associação dos Agentes de Saúde de Itaboraí e do Lions Club de Itaboraí.— Para nós, rodoviários, é uma obrigação informar à população. É uma campanha que nos sensibiliza e esperamos que os donos das empresas de ônibus também se sensibilizem e participem efetivamente da campanha – afirmou Getulio Esquincalha, diretor da cooperativa, em entrevista ao jornal “Correio do Brasil”A  falta de informação é apontada pelo Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas  pela  Hanseníase  (MORHAN)  como  o maior obstáculo de combate à doença pelo simples fato de as pessoas desconhecerem os sintomas. Segundo a Organização  Mundial  de  Saúde  (OMS),  o Brasil ocupa o primeiro lugar no mundo em incidência de hanseníase, e o segundo em casos notificados. — As pessoas precisam saber que existem medicamentos que curam a hanseníase. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, mais rápida será a cura. Os doentes diagnosticados nas formas avançadas também serão curados após o tratamento —, observa Arthur Custódio, coordenador nacional do MORHAN.O MORHAN e a Cooperativa de Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro firmaram parceria para lançar o evento, que deverá contar com a presença do ator Nelson Freitas, do programa Zorra Total, Rede Globo.Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país com maior número de casos de hanseníase do mundo. Em 2002, mais de 60{737e4b9c673e023d1e22e6450f357635e06f8bd79cbc4321969a82ee16f45f77} (3.521) dos municípios do país tinham pelo menos um caso da doença.Para a OMS, eliminar a hanseníase significa ter menos de um caso para cada grupo de 10 mil habitantes. Hoje, a taxa média nacional é de 3,88. Somente no ano passado, foram registrados 42 mil novos casos, a maioria nos estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.