Secretaria de Saúde do Paraná reforça programa contra hanseníase

Secretaria de Saúde do Paraná reforça programa contra hanseníase

A Secretaria de Saúde do Paranácomemorou nesta segunda-feira (25) o Dia Mundial de Combate a Hanseníase. Este ano houve uma entrevista coletiva, uma apresentação de teatro de bonecos e a participação de um triatleta. O principal objetivo do programa é informar a população sobre diagnóstico e tratamentos da Hanseníase.A entrevista coletiva contou com a presença do secretário de saúde Gilberto Martin; da representante titular da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Conselho Nacional de Saúde, Zilda Arns; do campeão brasileiro de triatllon Juracir Moreira Junior; do representante da coordenação nacional de controle de hanseníase para região sul, Maria Elizaberte Lovera; da coordenadora do programa estadual, Nivera Noemia Stremel e demais autoridades.Ações educativas estão sendo desenvolvidas em todos os municípios do Paraná, sob orientação da Secretaria de Saúde. Para tanto, as 22 regionais receberam 508 mil folderes e camisetas da campanha.De acordo com Nivera é necessário “tratar com dignidade todas as pessoas atingidas pela hanseníase”. A informação é o primeiro passo para identificar e tratar a doença.O secretário Gilberto Martin ressaltou que o estimulo ao diagnóstico e a luta contra o preconceito é fundamental. Disse ainda que nos próximos anos não quer ver o estado com coeficientes tão altos. “Isso não quer dizer que um coeficiente baixo significa mais saúde” explica.A representante da CNBB, também fundadora da *pastoral da criança, Zilda Arns*, sugeriu a utilização do mapeamento utilizado pela pastoral. Segundo ela, as líderes comunitárias, nas regiões norte e nordeste do Brasil já identificaram 683 casos confirmados de hanseníase. Destes 6{737e4b9c673e023d1e22e6450f357635e06f8bd79cbc4321969a82ee16f45f77} dos casos ocorreram em crianças menores de seis anos. No estado do Paraná, em 2007, houve 0,03{737e4b9c673e023d1e22e6450f357635e06f8bd79cbc4321969a82ee16f45f77} de casos em menores de 15 anos.Outro fator de relevância levantado na coletiva diz respeito ao desempenho dos médicos. Segundo o diretor geral do Hospital das Clinicas, Dr. Giovane Lodo, há necessidade da formação de médicos generalistas “que pensem também nas doenças aparentemente extintas”, salientou.Antonio Maciel Machado, engenheiro e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é um ex-portador de hanseníase. Ele contou que começou o tratamento em 2003. “Antes de descobrir que estava com hanseníase sentia dormência nos tendões dos pés e fiz outros tratamentos até que diagnosticaram a doença”, contou. Machado obteve cura em 2005 e utiliza hoje a sua experiência para trabalhar com a conscientização da população e dos profissionais de saúde.Atualmente todas as unidades de saúde estão aptas a atender casos de hanseníase. O processo é simples e gratuito. Já na primeira dose de medicamento é possível matar 90{737e4b9c673e023d1e22e6450f357635e06f8bd79cbc4321969a82ee16f45f77} dos bacilos, evitando a transmissão.Fonte: Tribuna do Norte (Natal/RN)