O cantor Ney Matogrosso marcou presença durante a manhã do dia 29 na estação Largo da Carioca, no metrô do Rio de Janeiro. O artista, que há sete anos é voluntário do MORHAN, participou do evento acompanhado pelo Secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro Sérgio Côrtes e Rosa Castália, Coordenadora Nacional do Programa de Eliminação da Hanseníase, e Artur Custódio, Coordenador Nacional do MORHAN e membro da Mesa da Diretoria do CNS – Conselho Nacional de Saúde. Todos os anos, sempre no último domingo do mês de janeiro, é comemorado o Dia Mundial da Luta contra a Hanseníase, doença reconhecida como um problema de saúde pública. A meta para eliminação deste quadro está na pauta do governo federal, com prazo máximo definido para 2010. Em continuação ao trabalho do MORHAN, o Metrô Rio, que é parceiro do movimento, abrigou a equipe de voluntários, que fez panfletagens durante o embarque e desembarque de passageiros, e esclareceu dúvidas no stand localizado próximo a um dos acessos da estação. Em entrevista coletiva, Ney Matogrosso ressaltou a importância de ações como a do MORHAN, que busca transmitir às pessoas esclarecimentos sobre a doença e, principalmente, acabar com o preconceito. “É uma doença que é vista como um monstro de sete cabeças, na verdade, não precisa ser mais vista dessa maneira. (Hanseníase) Tem cura, tratamento gratuito, essas são informações importantes.” Rosa Castália comentou sobre o atual quadro do Brasil em relação à luta contra a doença: “Falamos na eliminação como problema de saúde pública, que significa ter menos de um caso em cada grupo de 10.000 habitantes, ou seja, ter níveis muito baixos. Com isso a transmissão fica mais dificultada, por que você vai ter menos fontes de infeccção. No início dos anos 90, o Brasil assinou um pacto apadrinhado pela Organização Mundial de saúde com mais de 100 países, que dizia que esses países deviam eliminar a doença enquanto problema de saúde pública, através da estratégia de oferecer tratamento e diagnóstico aos casos, já que a gente não tem vacina. Ao longo desse tempo, só existem cinco países que ainda não eliminaram, e o Brasil está entre eles. Por muito tempo essa doença foi muito negligenciada pelos governos e pelos próprios grupos profissionais de saúde.” Castália ressaltou que a partir de 2004, o governo assumiu a Hanseníase como prioridade de Governo, propondo que Estados e municípios a incluam entre suas prioridades, estimulando a ampliação da cobertura de serviços. “Hoje temos cerca de 14.000 unidades fazendo diagnóstico e tratamento, e há dois anos eram 8.000, monitorando onde estão acontecendo mais casos”, complementou.Já o Secretário Estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, destacou que o governo do Estado já solicitou à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério, um parecer