Usuários do SUS encaminham documento ao Conselho Nacional de Saúde

Usuários do SUS encaminham documento ao Conselho Nacional de Saúde

EM DEFESA DOS USUÁRIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE*Nós, usuários do SUS representados no Conselho Nacional de Saúde, há muitotemos visto as demandas apresentadas – e negociadas – não receberem, porparte do Ministério da Saúde, a atenção e os encaminhamentos necessários.Acompanhamos, através de nossa vivência pessoal, das informações colhidaspelas entidades nacionais que representamos e pela mídia, diferentessituações que traduzem as precariedades do cotidiano das ações de saúde,para as quais demandamos explicações urgentes do Ministro da Saúde. Sãoexemplos recentes:  1. Em Belém do Pará está acontecendo no momento o episódio de extrema     gravidade referente à morte de mais de trinta bebês internados na     Santa Casa. Declarações lamentáveis de gestores à mídia não têm     vindo acompanhadas de ações concretas de diagnóstico da situação e     de resolução das possíveis causas de tantas mortes. Não vimos     tampouco qualquer ação direta do Ministério da Saúde, da ANVISA ou     de outros órgãos competentes em apoio à população paraense, no     sentido de cessar as mortes evitáveis e de apoiar gestores na     reorganização do sistema de saúde local, com medidas de curto,     médio e longo prazos. Acreditamos que não se trata de coincidência     o fato de tamanha calamidade acontecer em momento tão delicado     para o controle social estadual e municipal no Pará.Assinalamos que nós, integrantes do segmento de usuários neste Conselho,somos representantes dos bebês mortos, de suas mães, seus familiares e dapopulação do estado do Pará. E é em nome de todos exigimos explicações eprovidências imediatas.Propomos também ao CNS que envie representantes à Belém para colherinformações detalhadas sobre a situação e seus encaminhamentos.  2. A violação do direito à saúde da população indígena brasileira têm     sido denunciada repetidamente neste Conselho. Denúncias de gestão     temerosa dos recursos da FUNASA têm sido pautadas entre nós sem     que se tenha, por parte do Ministério da Saúde, uma ação consistente.  3. No Rio de Janeiro, uma seqüência de atos inconseqüentes por parte     dos gestores, com o deslocamento abrupto e sem planejamento de     trabalhadores da saúde provocaram a paralisação de serviços e o     conseqüente agravamento na falta de atendimento.  4. A elaboração de um Protocolo de Atenção à Doença Celíaca foi um     compromisso assumido aqui neste Conselho pelo Ministério da Saúde.     No entanto, até o momento, nenhum resultado foi apresentado.  5. A dengue, que foi tema de debate entre nós, arrefeceu em     decorrência do esfriamento do clima. No entanto, as medidas     necessárias para que se impeça a volta da calamidade nos próximos     verões não foram anunciadas.  6. As filas de espera por consultas, exames e outros procedimentos de     diferentes graus de complexidade, sem que usuário tenha qualquer     informação sobre o tamanho das filas, suas causas e soluções,     acontecem em todo o país, contribuindo para elevação das taxas de     adoecimento e morte.  7. Os serviços de emergências estão superlotados em todos os estados,     com falta de profissionais, equipamentos e materiais, colocando em     risco a vida da população.  8. O acelerado e intenso processo de privatizações de serviços e    &nbsp