O MORHAN comemora em setembro, 27 anos de fundação e atividades no Acre. Durante o mês uma equipe do Movimento irá realizar um trabalho itinerante pela capital e cidades vizinhas, realizando um trabalho de conscientização para orientar preventivamente à população cm o objetivo de manter o controle da doença no Estado. Na manhã de ontem o grupo montou uma tenda de orientação no calçadão da Bejamim Constant, com distribuição de panfletos, orientações de como identificar uma mancha suspeita, além de relados de pessoas que já foram vítimas da doença e que ficaram com seqüelas por falta de cuidado e tratamento e das que em um ano estavam de alta e sem nenhum trauma. Segundo o coordenador do MORHAN acreano, Elson Dias, o tratamento é fundamental para devolver as pessoas que forem atingidas, a uma vida normal. Por essa razão o grupo saiu às ruas para orientar aqueles que por preconceito ou desinformação não conhecem o MORHAN nem a importância do trabalho realizado pelo movimento. “Temos relatos de que após os trabalhos itinerantes realizados pelo MORHAN, muitas pessoas passaram a procurar o serviço dermatológico do Estado, para realizar exames e tratamentos de manchas e sinais na pele que podem vir a se tornarem uma complicação de saúde. Além disso, muitos ainda não tem esse conhecimento por desconhecer nosso trabalho, a doença e o tratamento da hanseníase”, afirma. Até a sexta-feira, o grupo permanece no calçadão fazendo atendimentos e depois segue para panfletagem no terminal urbano, lojas e estabelecimentos comerciais da capital em especial os do centro, como também escolas e universidade. “Nosso objetivo é combater o preconceito através da orientação, para que possamos construir um Acre sem hanseníase e sem descriminação. Para isso temos que demostrar a importância de conhecer essa doença que já foi tratada como incurável, e isolava as pessoas do convívio social. As pessoas precisam entender que nada disso é necessário e que com o tratamento a alta é dada em um período de seis meses à um ano”, afirma. Segundo Dias, em 2007 foram registrados 278 casos de hanseníase no Estado, em 2008 foram 261 registros. A meta este ano é que a redução seja ainda mais significativa como resultado dos trabalhos realizados pela equipe do MORHAN no Acre. Fonte: Página 20