15 de setembro de 2009

Sob a coordenação do Secretário de Saúde de Guarujá, Dr. Gerônimo Ferreira Vilhanueva, a carreta foi um sucesso desde o primeiro dia de atendimentos neste município. A Secretaria de Saúde colocou barracas no entorno da carreta para a realização de múltiplas ações em saúde, como orientações sobre zoonoses, dengue, hepatites,  DST-AIDS, distribuição de preservativos, aferição de pressão arterial e testes de glicemia. Enquanto isso, já se formava uma fila para verificação das manchas nos consultórios do Caminhão, e o MC da prefeitura convocava a população para comparecer à carreta e se informar sobre sinais e sintomas da hanseníase. Segundo o  Dr. Vilhanueva, estão previstas algumas atividades culturais, como apresentações de artistas da região, Varal de Poesias, exibições de filmes institucionais e outros. A carreta da saúde permanecerá em Guarujá, à Praça 14 Bis, distrito de Vicente de Carvalho, até o dia 16 de setembro. Após essa data,  o veículo se despede do Estado de São Paulo e vai  para o Rio de Janeiro.Colaborou: Leda VilarinFoto: Leda e o Secretário de Saúde do Guarujá, Dr. Gerônimo Ferreira Vilhanueva.

Os moradores de Guarujá e Vicente de Carvalho têm até quarta-feira (16) para visitar o Caminhão da Saúde, localizada na Praça 14 Bis, em Vicente de Carvalho, sempre das 10 às 17 horas. No local, os munícipes receberão avaliação para detectar a hanseníase, câncer bucal, tuberculose, além de aferições de pressão arterial, teste de glicemia (diabetes), orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis, dengue e distribuição de preservativos. O foco principal da mobilização é a prevenção contra a hanseníase, por meio do “Programa de Parceria para Diagnóstico e Tratamento da Hanseníase”, desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde e o Ministério da Saúde para ações do programa nacional de controle da hanseníase.Durante o dia de sábado (12), no início das atividades da carreta, foram realizadas 744 entrevistas, com 48 casos suspeitos de hanseníase e quatro pacientes, que foram para consultas médicas. Além disso, as equipes fizeram 100 testes de hepatite, 351 testes de glicemia e 363 pessoas aferiram a pressão arterial. Foto: Julio Cesar Ferreira (Assessor da Secretaria de Saúde), Dr.Gerônimo Vilhanueva (Secretário de Saúde local), Leda Vilarin, Luiz José, Minako Sao e Reinaldo Matos (MORHAN).

O núcleo MORHAN Mogi das Cruzes (SP) participou de uma integração Comunitária no último dia 29 de agosto, no espaço da Indústria NSK, na cidade de Suzano. Fruto de uma parceria com o SESI, a ação contou com distribuição de panfletos sobre sintomas e sinais da hanseníase. Cerca de 130 pessoas passaram pelo stand do Movimento, entre visitantes e funcionários.

O projeto de pesquisa “Apropriação e usos da escrita por moradores do hospital-colônia Dr. Francisco Ribeiro Arantes”, vinculado ao campus Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), foi aprovado e contará com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O estudo começará a ser produzido pela pela graduanda do Curso de Pedagogia e voluntária do MORHAN, Débora Takehara, em setembro desse ano e terá a duração de 12 meses. O projeto terá a orientação da Profa. Dra. Cláudia Lemos Vóvioem.Sobre o projetoO projeto de pesquisa visa identificar e compreender as práticas de uso da linguagem escrita no hospital-colônia Dr. Francisco Ribeiro Arantes (Pirapitingui), referência em hanseníase para o Estado de São Paulo, em Itu. Será realizada no âmbito da linha de pesquisa Projeto Letramento e participação social, sob a coordenação da Profa. Dra. Cláudia Lemos Vóvio. O foco do estudo recai sobre o conjunto de práticas sociais relacionadas ao uso, à função e ao impacto da escrita; ao estudo dos letramentos de moradores jovens e adultos desse hospital-colônia (BARTON E HAMILTON, 2000; KLEIMAN, 1995; STREET, 2004). O pressuposto assumido é que há diferenças entre as práticas de letramento situadas em contextos urbanos e fortemente influenciados pela burocracia, por meios de comunicação de massa e pela escolarização e aquelas situadas na Colônia, desenvolvidas por pessoas em situação de segregação, com pouca ou nenhuma escolaridade, e que também necessitam atender às demandas sociais de uso da escrita, personificadas nas relações próprias desse contexto (HAMILTON e BARTON, 2000). No contexto da Colônia, serão examinadas as atividades de letramento sustentadas e aprendidas e, mesmo aquelas, impedidas nas vidas dos moradores e os modos de interação entre a escrita e os hansenianos que lá habitam. Além de tornar visíveis os letramentos situados nesse contexto, essa investigação almeja realçar e identificar os textos que circulam e são recebidos nessa comunidade, já que estes são parte crucial dos eventos do letramento mediando as relações entre os sujeitos.