Teresa Oliveira comenta a reunião no CNS sobre os filhos separados pelo isolamento compulsório
Relato de Teresa Oliveira, palestrante da 221ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde – Item 11 – Filhos que foram Separados pelo Isolamento Compulsório A reunião se iniciou às 15 horas e 30 minutos do dia oito de julho de 2010, como determinado anteriormente via Ofício. Porém, por problemas técnicos, eu, Teresa Oliveira, palestrante convidada para falar sobre a Comissão dos Filhos que foram Separados pelo Isolamento Compulsório, preferi ser a última a obter a palavra. Senti, naquele momento, que se fosse a primeira a falar, ao término já estaria no esquecimento dos ouvintes e meu objetivo não seria cumprido. Logo que cheguei ao Conselho Nacional de Saúde, fui recebida por companheiros do MORHAN de Minas Gerais e Rio de Janeiro que uniram esforços financeiros e lá estavam para dar apoio, pesar o tema com a presença marcante, de camisetas e faixas. Eu NÃO PODIA falhar! No meu coração levei para Brasília também a ansiedade dos que não foram, destacando os irmãos de Sorocaba/SP, que me cobriram de telefonemas esperançosos até o avião. Eu precisava, mais uma vez, provar uma dose do meu foco e somar resultados positivos. Na ordem que se seguiu, falei imediatamente após a médica hanseologista, Dra. Gisele e intuitivamente fui aproveitando o impacto que as fotos dos pacientes estavam causando nos presentes, não deixando esmorecer o olhar atento e contrito de todos. Rapidamente me apresentei, centrei os fatos nas informações que haviam sido divulgadas no “Fantástico” e relatei casos de maus tratos e desrespeito à pessoa humana na época do Isolamento Compulsório. Enquanto falava, ia tentando perceber o grau de atenção das pessoas ao que relatava e colocava mais ou menos emoção. Por fim, pedi o apoio do Conselho Nacional de Saúde à reparação financeira que estamos pleiteando, enfatizando que o Brasil também tinha um holocausto para contar e que não me calaria enquanto este mínimo de justiça não fosse feito. O apoio do Conselho Nacional de Saúde foi dado e ainda, com firmeza de ação, alguns dos Conselheiros pediram urgência. Isto significa que demos mais um passo importante para alcançarmos nosso objetivo: uma indenização do Governo Federal. Peço aos companheiros de todo Brasil que não desviem sua atenção a este foco: a Comissão dos Filhos que foram Separados pelo Isolamento Compulsório é uma ação que foi deliberada em janeiro deste ano no Rio de Janeiro e, portanto, não é um grupinho isolado. Mantemos pessoas trabalhando no cadastramento destes filhos; pessoas analisando caso a caso, buscando mapear o perfil indenizatório inclusive. Temos profissionais da OAB envolvidos tecnicamente neste processo e tudo que tem sido feito está direcionado a um resultado único: a indenização. Sei que al