Curso online gratuito busca sensibilizar comunicadores populares e jornalistas a não esquecer a hanseníase, participe!

Curso online gratuito busca sensibilizar comunicadores populares e jornalistas a não esquecer a hanseníase, participe!

Na próxima terça-feira (25 de janeiro), o núcleo Piauí do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) oferece um curso online sobre Comunicação e Hanseníase, voltado a comunicadores populares e jornalistas de todo o país. A oficina será realizada das 8h ao meio-dia por conferência do Zoom e conta com a parceria da Comradio, do Sindicato dos Jornalistas e do Sindicato dos Radialistas do Piauí. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo link https://www.even3.com.br/ohec2022/ 

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O projeto é uma das atividades do Morhan financiadas pela Iniciativa Sasakawa para a Hanseníase (ISH). O movimento brasileiro é uma das 32 organizações de 13 países que participam da campanha internacional que promove a mensagem “Não esqueça da hanseníase” no período que antecede o Dia Mundial da Hanseníase, em 30 de janeiro. Organizada pela ISH, a campanha inclui atividades de conscientização e divulgação junto aos governos e está sendo disseminada por meios de comunicação, mídias sociais e ações comunitárias presenciais.

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Com sede em Tóquio, no Japão, a Iniciativa Sasakawa para Hanseníase (ISH) lançou a campanha “Don’t forget Hansen’s disease” / “Não esqueça da hanseníase” em agosto de 2021 para garantir que os esforços contra a doença não sejam deixados de lado em meio à pandemia de coronavírus. Participam ONGs, organizações de pessoas afetadas pela hanseníase, institutos de pesquisa e agências governamentais de Bangladesh, Brasil, Índia, Indonésia, Nepal, Nigéria, Papua Nova Guiné, Portugal, Senegal, Serra Leoa, Tanzânia, Uganda e Reino Unido.

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O embaixador da Boa Vontade da Organização Mundial de Saúde para a Eliminação da Hanseníase, Yohei Sasakawa, integra a iniciativa e afirma: “O impacto da pandemia de coronavírus foi particularmente difícil para as pessoas afetadas pela hanseníase e suas famílias que estavam em uma situação vulnerável, para começar. Os bloqueios e outras medidas para impedir a propagação do vírus causaram muitos problemas no interior dos países, dificultando o acesso a serviços médicos, causando perda de meios de subsistência e exacerbando as dificuldades que as pessoas afetadas pela hanseníase já encontram devido ao estigma e à discriminação. Essas pessoas não devem ser esquecidas.”

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Projeto no Piauí é um convite para que comunicadores sejam multiplicadores da campanha

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A oficina oferece certificado de participação e será ministrada pela coordenadora da comunicação nacional do Morhan, Nanda Duarte – jornalista, mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), e também assessora da Relatora Especial da ONU para os direitos das pessoas afetadas pela hanseníase, Alice Cruz.

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Serão abordados os módulos: 

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1) O que é a hanseníase – a doença, sua história social e os desafios de seu enfrentamento

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2) Hanseníase e direitos humanos

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3) Lei/Rótulos: o que considerar, o que evitar e porquê

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4) Comunicação e hanseníase: por uma linguagem da dignidade

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A oficina inclui ainda uma breve aula da professora Olívia Dias de Araújo, que é doutora em enfermagem e coordena o núcleo temático de doenças tropicais negligenciadas na Universidade Federal do Piauí e voluntária do Morhan-PI, que vai tirar dúvidas sobre a hanseníase, seus sinais e sintomas, o tratamento e a cura. “O nosso objetivo é que os comunicadores do Piauí se tornem multiplicadores da mensagem da campanha e possam produzir conteúdos com o nosso apoio, a fim de ampliar a conscientização sobre a doença e o enfrentamento ao estigma”, explica a coordenadora do projeto no Piauí, Francilene Mesquita.

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No Brasil, campanha está mobilizando projetos em sete estados

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Além do Piauí, núcleos do Morhan espalhados pelo Brasil tiveram projetos selecionados pela ISH para mobilizar ações em diversas cidades de outros seis estados: Ceará, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. As atividades vão desde capacitações voltadas para profissionais de saúde, passando por ações de conscientização da população, oficinas voltadas para jornalistas e comunicadores, mobilização de artistas, até a sensibilização de meios de comunicação para a veiculação de materiais da campanha. A mobilização pode ser acompanhada nas mídias sociais do movimento no facebook, instagram, twitter e youtube, e pela hashtag #naoesqueçadahanseníase

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:: Assista ao vídeo da música tema da campanha, acesse o spot e o panfleto especiais, além de outros materiais na pasta bit.ly/campanhaNEDH:: 

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Sobre o Morhan 

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O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas Pela Hanseníase (MORHAN) tem 40 anos de atuação para a eliminação da hanseníase e do preconceito e pela garantia dos direitos humanos das pessoas afetadas pela doença e seus familiares. Sua militância nasceu vinculada às comunidades das antigas colônias de isolamento das pessoas afetadas pela doença – que ainda estavam ativas em 1981. Quando conquistado o fim do isolamento compulsório, o MORHAN seguiu lutando por políticas de reparação, como a lei 11.520, de 2007, e os projetos de lei de indenização aos filhos separados, que ainda não foram aprovados nacionalmente. A preservação e o tombamento dos territórios das antigas colônias e educandários, locais de memória sensível que fazem parte da história das milhares de pessoas que foram segregadas, também fazem parte da luta do movimento. Hoje, o Morhan integra os conselhos nacionais de Saúde, de Direitos da Mulher, de Direitos das Pessoas com Deficiência e dos Direitos Humanos; conta com mais de dois mil voluntários e de 50 núcleos em todas as regiões do país, e segue lutando por uma profunda transformação social. 

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Sobre a Iniciativa Sasakawa para Hanseníase 

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A Iniciativa é uma aliança estratégica entre o Embaixador da Boa Vontade da OMS para a Eliminação da Hanseníase, Yohei Sasakawa, a Fundação Nippon e a Fundação de Saúde Sasakawa para alcançar um mundo sem hanseníase e problemas relacionados à doença. Desde 1975, a Fundação Nippon e a Fundação de Saúde Sasakawa apoiam os programas nacionais de hanseníase de países endêmicos por meio da OMS, com apoio total de cerca de US $200 milhões até o momento. Em cooperação com o governo japonês e outros parceiros, as fundações têm desempenhado um papel importante na defesa junto às Nações Unidas, ajudando a garantir uma resolução da Assembleia Geral da ONU de 2010 sobre a eliminação da discriminação contra pessoas afetadas pela hanseníase e seus familiares e a nomeação de um Relator Especial da ONU sobre hanseníase pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2017.