No Brasil, campanha global “Não esqueça da hanseníase” ganha fôlego à medida que o Dia Mundial da Hanseníase se aproxima

No Brasil, campanha global “Não esqueça da hanseníase” ganha fôlego à medida que o Dia Mundial da Hanseníase se aproxima

O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) é uma das 32 organizações de 13 países que participam da campanha internacional que promove a mensagem “Não esqueça da hanseníase” no período que antecede o Dia Mundial da Hanseníase em 30 de janeiro. Organizada pela Iniciativa Sasakawa para Hanseníase, a campanha inclui atividades de conscientização e divulgação junto aos governos e está sendo disseminada por meios de comunicação, mídias sociais e ações comunitárias presenciais.

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Com sede em Tóquio, no Japão, a Iniciativa Sasakawa para Hanseníase (ISH) lançou a campanha “Don’t forget Hansen’s disease” / “Não esqueça da hanseníase” em agosto de 2021 para garantir que os esforços contra a doença não sejam deixados de lado em meio à pandemia de coronavírus. Participam ONGs, organizações de pessoas afetadas pela hanseníase, institutos de pesquisa e agências governamentais de Bangladesh, Brasil, Índia, Indonésia, Nepal, Nigéria, Papua Nova Guiné, Portugal, Senegal, Serra Leoa, Tanzânia, Uganda e Reino Unido.

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O embaixador da Boa Vontade da Organização Mundial de Saúde para a Eliminação da Hanseníase, Yohei Sasakawa, integra a iniciativa e afirma: “O impacto da pandemia de coronavírus foi particularmente difícil para as pessoas afetadas pela hanseníase e suas famílias que estavam em uma situação vulnerável, para começar. Os bloqueios e outras medidas para impedir a propagação do vírus causaram muitos problemas no interior dos países, dificultando o acesso a serviços médicos, causando perda de meios de subsistência e exacerbando as dificuldades que as pessoas afetadas pela hanseníase já encontram devido ao estigma e à discriminação. Essas pessoas não devem ser esquecidas.”

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No Brasil, campanha está mobilizando projetos em sete estados

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Os núcleos do Morhan espalhados pelo Brasil tiveram projetos selecionados pela ISH para mobilizar ações em diversas cidades de sete estados: Ceará, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. As atividades vão desde capacitações voltadas para profissionais de saúde, passando por ações de conscientização da população, oficinas voltadas para jornalistas e comunicadores, mobilização de artistas, até a sensibilização de meios de comunicação para a veiculação de materiais da campanha. A mobilização pode ser acompanhada nas mídias sociais do movimento no facebook, instagram, twitter e youtube, e pela hashtag #naoesqueçadahanseníase

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:: Assista ao vídeo da música tema da campanha, acesse o spot e o panfleto especiais, além de outros materiais na pasta bit.ly/campanhaNEDH:: 

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Sobre a hanseníase

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É uma doença infecciosa que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. Cerca de 200.000 casos são notificados a cada ano. A hanseníase é curável com poliquimioterapia (PQT), mas se não tratada pode resultar em incapacidade permanente. Estima-se que 3 a 4 milhões de pessoas no mundo hoje vivem com algum tipo de deficiência como resultado da enfermidade. Embora completamente curável, muitos mitos e mal-entendidos cercam a doença. Em várias partes do mundo, os pacientes, aqueles que foram tratados e curados e até seus familiares continuam sendo estigmatizados. A discriminação que enfrentam limita suas oportunidades de educação, emprego e participação plena na sociedade.

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Sobre o Dia Mundial da Hanseníase

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O Dia Mundial da Hanseníase foi iniciado pelo jornalista e filósofo francês Raoul Follereau em 1954. Ele cai no último domingo de janeiro. A Índia marca o Dia Anti-Hanseníase em 30 de janeiro, aniversário do martírio de Mahatma Gandhi.

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Sobre o Morhan 

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O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas Pela Hanseníase (MORHAN) tem 40 anos de atuação para a eliminação da hanseníase e do preconceito e pela garantia dos direitos humanos das pessoas afetadas pela doença e seus familiares. Sua militância nasceu vinculada às comunidades das antigas colônias de isolamento das pessoas afetadas pela doença – que ainda estavam ativas em 1981. Quando conquistado o fim do isolamento compulsório, o MORHAN seguiu lutando por políticas de reparação, como a lei 11.520, de 2007, e os projetos de lei de indenização aos filhos separados, que ainda não foram aprovados nacionalmente. A preservação e o tombamento dos territórios das antigas colônias e educandários, locais de memória sensível que fazem parte da história das milhares de pessoas que foram segregadas, também fazem parte da luta do movimento. Hoje, o Morhan integra os conselhos nacionais de Saúde, de Direitos da Mulher, de Direitos das Pessoas com Deficiência e dos Direitos Humanos; conta com mais de dois mil voluntários e de 50 núcleos em todas as regiões do país, e segue lutando por uma profunda transformação social. 

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Sobre a Iniciativa Sasakawa para Hanseníase 

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A Iniciativa é uma aliança estratégica entre o Embaixador da Boa Vontade da OMS para a Eliminação da Hanseníase, Yohei Sasakawa, a Fundação Nippon e a Fundação de Saúde Sasakawa para alcançar um mundo sem hanseníase e problemas relacionados à doença. Desde 1975, a Fundação Nippon e a Fundação de Saúde Sasakawa apoiam os programas nacionais de hanseníase de países endêmicos por meio da OMS, com apoio total de cerca de US $200 milhões até o momento. Em cooperação com o governo japonês e outros parceiros, as fundações têm desempenhado um papel importante na defesa junto às Nações Unidas, ajudando a garantir uma resolução da Assembleia Geral da ONU de 2010 sobre a eliminação da discriminação contra pessoas afetadas pela hanseníase e seus familiares e a nomeação de um Relator Especial da ONU sobre hanseníase pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2017.