Na Argentina, Morhan defende mobilização social internacional para a superação do estigma em relação à hanseníase

Na Argentina, Morhan defende mobilização social internacional para a superação do estigma em relação à hanseníase

Na Argentina, Morhan defende mobilização social internacional para a superação do estigma em relação à hanseníase

Entre os dias 10 e 12 de abril, o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) participou da Reunião Regional de Diretores de Programas de controle da Hanseníase dos países da América Latina e Caribe. A iniciativa é da Organização Panamericana de saúde (OPAS-OMS) e teve como objetivo analisar a situação atual da doença nas Américas, com ênfase nos casos da Argentina e do Brasil – o país com a maior incidência de novos casos de hanseníase em relação a sua população no mundo.

Representando o Morhan estava Artur Custódio, vice-coordenador nacional da entidade. Ele contou a história do movimento e discutiu estratégias de enfrentamento à doença, seja em parceria com os governos das mais diversas esferas, seja de forma independente. Ao comentar a situação calamitosa da doença no Brasil, afirmou: “O que acontece ainda no nosso país, com crianças sendo diagnosticadas com hanseníase em estado já avançado é um crime, resultado da combinação entre estigma subestimado pelo poder público e uma doença negligenciada pelo poder midiático”.

Coalizão

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A expectativa é que o encontro seja mais um passo no fortalecimento de um movimento internacional de solidariedade e ação que seja capaz de mobilizar entidades e recursos para o enfrentamento da hanseníase nos países estratégicos, sobretudo em relação a seus pilares fundamentais: a informação e a mobilização social.

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Em setembro de 2017, o Morhan participou do VIII Encontro Nacional de Associações de Pessoas Afetadas pela Hanseníase, fortalecendo a coalizão entre entidades que representam usuários em vários países da América Latina. Lá, conquistou para o Brasil a realização de um encontro entre estas entidades em 2019.

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Os números da hanseníase no Brasil
Em 2016, o Ministério da Saúde registrou 25.218 casos novos da doença no país, o que significa uma taxa de detecção de 12,23 casos novos para cada 100 mil habitantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil está entre os três países com grandes populações (juntamente com Índia e Indonésia) que notificam mais de 10 mil novos pacientes anualmente. Juntos, esses três países representam 81{0322678037f9aaf3519e3c8bbb7de27fdaa3ad44fdd9fea216a8edadef4e6c97} dos pacientes recém-diagnosticados e notificados no mundo.

Do total de novos casos no Brasil em 2016, 72,3{0322678037f9aaf3519e3c8bbb7de27fdaa3ad44fdd9fea216a8edadef4e6c97} são muiltibacilares (ou seja, 18.224 pessoas), o que indica atraso na detecção da doença. Outro número que preocupa é a ocorrência de novos casos entre menores de 15 anos, que em 2016 ficou em 1.696. A detecção de casos entre crianças indica a continuação da presença de pacientes não detectados.

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