Reunião de planejamento do projeto foi realizada no último dia 25 de setembro
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Juazeiro Livre de Hanseníase – Projeto mobiliza grande articulação para promoção de saúde e educação no Ceará
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O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) integra uma ampla articulação de entidades regionais, nacionais e internacionais para fazer do município de Juazeiro do Norte, na região do Cariri/CE, um exemplo de trabalho integrado no enfrentamento da hanseníase. Trata-se do projeto Juazeiro Livre da Hanseníase que promoverá, no final de novembro, ações de busca ativa de casos novos da doença, treinamentos de profissionais de saúde e estudos de casos.
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As ações são inspiradas no projeto Brasil Livre de Hanseníase, uma iniciativa do Ministério da Saúde em conjunto com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), com apoio financeiro da Sassakawa Memorial Foundation do Japão. O projeto nacional é realizado desde 2017 em outros seis estados e conta com a participação de Faustino Pinto, coordenador do Morhan-Juaz e integrante da coordenação do Morhan-Nacional. Foi a partir desta experiência que Faustino iniciou tratativas com a coordenadora da Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação (CGHDE), Carmelita Ribeiro, para a realização, em Juazeiro, de atividades nos moldes do projeto nacional. Além da parceria entre Morhan (Nacional e municipal) e Ministério, o projeto está envolvendo muitas outras entidades e atores sociais: Secretaria Municipal de Saúde, Mobilização Social, Programa Municipal de Hanseníase, NHR Brasil, Centro de Dermatologia de Juazeiro, Atenção Básica, UBSs, CRAS João Cabral e muitos voluntários.
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Para Faustino, trata-se de uma oportunidade de desenvolver um trabalho inédito: “Vamos projetar nossa cidade para o mundo, com a melhor equipe de coordenação e profissionais envolvidos”, defende. Ele informa que a possibilidade de convidar municípios vizinhos está sendo analisada.
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Saiba mais sobre as atividades
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A programação se concentrará entre os dias 26 de novembro e 1º de dezembro (veja cronograma abaixo). As ações de treinamento e capacitação serão ofertadas a todos os agentes comunitários de saúde (ACS) e profissionais de saúde da rede de Atenção Básica do município. Incluem aula sobre a história da hanseníase, noções básicas sobre a doença e direitos e deveres, para os ACSs, e aula de clínica e prevenção de incapacidades, para profissionais de enfermagem, medicina, fisioterapia, psicologia e assistência social. Para o trabalho de campo com realização de estudos de casos, foram selecionados bairros a partir de dois critérios: aqueles que apresentaram o maior número de casos novos de hanseníase detectados em 2018 (Pio XII, Horto, Salesianos e Pirajá) e aqueles considerados “silenciosos”, que detectaram poucos casos, o que pode significar que há casos não identificados (Frei Damião e Triângulo). Os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) desses bairros selecionarão pacientes que desejarem participar de estudos aprofundados dos casos, contribuindo para a consolidação do conhecimento sobre a variedade de apresentação da doença, os efeitos do diagnóstico tardio, as vantagens da detecção precoce, entre outros fatores relacionados ao tratamento e à cura da doença.
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Um grande mutirão de busca ativa de novos casos marca o encerramento das atividades, no dia 1º de dezembro, nos bairros João Cabral e Romeirão.
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CRONOGRAMA
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26/11 (segunda-feira) – Treinamento dos ACS do município
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27/11 (terça-feira) – Treinamento dos profissionais da Atenção Básica de medicina, enfermagem, fisioterapia, psicologia e assistência social
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28/11 (quarta-feira) – Trabalho de Campo nas UBS de Frei Damião e Triangulo
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29/11 (quinta-feira) – Trabalho de Campo nas UBS de Salesianos e Horto
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30/11 (sexta-feira) – Trabalho de Campo nas UBS de Pirajá e Pio XII
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1/12 (sábado) – Mutirão de busca ativa de novos casos em João Cabral e Romeirão
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Números da hanseníase no Brasil
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O Brasil é o país com o maior número de casos novos proporcionais de hanseníase no mundo. Em 2016, o país registrou 25.218 novos casos da doença, o que representa uma taxa de 12,23 novos casos a cada cem mil habitantes, acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, cenário que exige a ampliação dos esforços para controle e eliminação da doença. No mesmo ano, o Ceará registrou 1.698 novos casos de hanseníase, uma taxa de 18,94 casos novos por cem mil habitantes.
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