Coordenação do Morhan-MG entrega ao Ministro Alexandre Padilha projeto de pesquisa sobre a segregação da hanseníase.

Coordenação do Morhan-MG entrega ao Ministro Alexandre Padilha projeto de pesquisa sobre a segregação da hanseníase.

Em evento na última sexta-feira (10), em Betim (MG), o coordenador do Morhan-MG e aluno da PUC Minas, Thiago Flores, se encontrou com o Ministro da Saúde Alexandre Padilha, juntamente com a psicóloga recém formada Pautília Paula. Na ocasião foi entregue o projeto de pesquisa interdisciplinar Órfãos por Imposição do Estado: danos psicossociais causados pela política de segregação da hanseníase, elaborado por estudantes dos cursos de Direito e Psicologia do núcleo universitário.
O projeto trata da política sanitária de segregação e internação compulsória para os portadores de hanseníase, reconhecida como um erro das políticas públicas no Brasil.
O trabalho identifica os danos psicossociais causados e os depoimentos relatam percepções e sentimentos que marcaram a vida dos doentes e seus herdeiros. O projeto de pesquisa recebeu, no ano passado, menção honrosa durante o 19º Seminário de Iniciação Científica da PUC Minas.
Em Betim, os hansenianos eram internados na Colônia Santa Isabel, local ainda existente na cidade que, apesar de não ser mais moradia exclusiva dos portadores da hanseníase, em conversa com o Ministro, alguns filhos pediram a apoio a Ministério da Saúde para que o Estado brasileiro reconheça que também errou com eles e proponha uma reparação a exemplo com o que foi feito com os ex-portadores de hanseníase.  O Ministro Alexandre Padilha saudou os membros do movimento, disse conhecer a luta dos “Filhos Separados”.

 

Apoio ao Morhan – O evento aconteceu em solenidade a qual o Ministro declarou apoio a reeleição a candidata a prefeitura de Betim Maria do Carmo Lara. Em 2007 quando era Deputada Federal, Maria do Carmo, foi a relatora da MP 373 convertida em Lei 11.520 que indeniza todo ex-portador de hanseníase internado compulsoriamente em hospitais colônias até 1986. Em sua relatoria no Congresso Nacional derrubou 13 emendas apresentadas na casa que inviabilizariam a indenização.