Rede internacional de preservação da história da hanseníase no mundo começa a ser definida

Rede internacional de preservação da história da hanseníase no mundo começa a ser definida

Durante o workshop que debateu a importância da preservação da hanseníase no mundo, realizado no Japão durante o mês de novembro, foi dado o primeiro passo para a criação de uma rede internacional que terá como principal meta justamente conservar a história dessa doença que ainda gera muito preconceito.
“O Morhan participou do workshop, juntamente com pessoas da Malásia, Brasil, Austrália, Taiwan Filipinas e Japão. Uma das prioridades era entender como estava se desenvolvendo o processo de preservação nesses países. Posteriormente definir diretrizes de apoio entre eles para a preservação”, explica Artur Correa, um dos integrantes da equipe do Morhan que foi até o país do sol nascente.
A escolha do Japão como sede do workshop, por sinal, se deu devido ao fato de que o país é pioneiro no desenvolvimento de museus e preservação histórica na hanseníase. Uma das mais importantes instituições nessa área, por sinal, é sediada lá e é parceira do morhan: Sasakawa Memorial Health Foundation.

“Durante o evento ficou entendido que o apoio transnacional entre as instituições e pessoas que lutam para a preservação dessa historia poderia ser muito importante para ajudar a fortalecer a luta”, diz Artur. “Nesse sentido foi elaborado um manifesto, que ainda está em edição, visando estabelecer diretrizes políticas acerca da preservação para que os países possam utilizar”, completa. Segundo Artur, a importância de estabelecimento de uma rede de apoio internacional deve estar mobilizada sob um mesmo “guarda chuva” para ser fortalecida como uma ação internacional e não apenas local.
A equipe do Morha foi composta também pelo Coordenador Nacional, Artur Custódio, Thiago Flores (voluntario em MG), Cristiano Torres (vice-coordenador) e Alice Cruz, voluntaria do Morhan, antropóloga e pesquisadora da Universidade de Coimbra em Portugal.

MUSEU DA HANSENÍASE – A equipe aproveitou também para visitar museus sobre a hanseníase com objetivo de absorver experiência e traçar estratégias. Dessa forma, o Morhan parte agora para os primeiros passos para a construção do Museu Nacional da Hanseníase. “Agora vamos seguir com coleta de artefatos e registros, definição da estratégia e metodologia do museu. Em seguida iniciaremos as obras e questões estruturais”, diz Artur.

O museu esta sendo possibilitado pela parceria Morhan EBX e RIOSOLIDARIO. A viagem ao Japão foi possibilitada pela EBX e Sasakawa Memorial Health Foundation.