O projeto Desmancha Sergipe vem contribuindo para diminuir a prevalência da hanseníase no Estado. O projeto vem sendo desenvolvido há três anos e conta com a participação de cerca de 20 estudantes dos cursos de Medicina, Enfermagem e Serviço Social da UFS.Segundo o professor de Dermatologia da UFS e coordenador do Desmancha Sergipe, Dr. Emerson Ferreira da Costa, o projeto desenvolve um trabalho educativo junto à população. “O Desmancha Sergipe é desenvolvido em feiras, escolas, associações de moradores e em postos de saúde do município de Aracaju”, disse. Ele informa, que além da parte educativa, o projeto também garante aos pacientes com hanseníase um tratamento totalmente gratuito. O médico informou ainda que os familiares dos pacientes, os chamados contactantes, com hanseníase também recebem orientação sobre a doença e a necessidade de vacinação.HanseníaseA hanseníase é uma doença curável, que nem sempre é transmitida pelo seu portador. Segundo Dr. Emerson, há muito preconceito em torno da Hanseníase, mas a maioria dos pacientes pode ter uma forma não transmissível da doença. Para o médico, a principal preocupação do ponto de vista epidemiológico é com este paciente que transmite a hanseníase. “Este paciente pode entrar em contato com o bacilo e levar meses ou até mesmo anos para desenvolver a doença, que se caracteriza pelo aparecimento de lesões na pele e manchas, com perda de sensibilidade no local. A pessoa pode pisar no cigarro sem sentir que queimou, encostar-se a uma panela quente e não sentir a dor causada pela queimadura, a sandália sair do pé e a pessoa também não perceber, tudo isso por falta de sensibilidade”, explicou.