O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníese (MORHAN) foi homenageado no dia 9 de junho, na abertura do 18º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, no Centro de Convenções Ribalta, no Rio de Janeiro. O prêmio, entregue ao coordenador do Movimento, Artur Custódio, é pela participação dos 23 anos de atuação do MORHAN em prol da eliminação da doença como problema de saúde pública no Brasil. O MORHAN lembra que a hanseníase é um mal que atinge uma pessoa a cada 12 minutos no país, já ameaçado por outros males.Na ocasião, placas de reconhecimento também foram entregues aos nove autores do primeiro “Manual de Oftalmologia em Hanseníase”, coordenado pelo professor Fernando Oresice e publicado pelo Ministério da Saúde. A mesma homenagem foi feita ao secretário de Estado de Saúde, Gilson Cantarino. Segundo um dos autores do Manual, Márcio Sued da Costa, a publicação tem como objetivo capacitar os oftalmologistas na área de hanseníase.Estudos mostram que 1/3 dos pacientes não tratados apresentarão alterações oftalmológicas graves. Sued, oftalmologista e especialista em hanseníase nos olhos, do Centro de Referência de Infecção Oftalmológica da Fiocruz, vem desenvolvendo a construção do que, pode-se chamar um novo “olhar” na área de oftalmologia, compreendendo o psicossocial na hanseníase, bem como, a capacitação e assistência sob o pilar de uma política intersetorial e muitas vezes multiprofissional.