A hanseníase possui duas faces: a médica e a social. Do lado médico, desde 1985 treze milhões de pessoas foram curadas. Hoje, o número de doentes no mundo caiu para menos de 500 mil. Entretanto, o progresso alcançado na cura da doença não é capaz de tratar a terrivel doença social da discriminação. Yohei Sasakawa, Embaixador da Boa Vontade da Organização Mundial de Saúde para extinção da Hanseníase e Presidente da Fundação Nippon, vem trabalhando seriamente para que a Comissão de Direitos Humanos da Nações Unidas e a Organização Mundial de Saúde comecem a considerar e discutir a questão da hanseníase visando encontrar uma solução para esse problema mundial. 9 de Agosto, Genebra – Hoje, na matriz européia das Nações Unidas, a 56a. Sub Comissão de Direitos Humanos alcançou um consenso para começar a trabalhar na questão relativa a violação dos direitos humanos dos portadores de hanseníase, o tratamento aos doentes e a suas famílias. A Sub Comissão aprovou uma Resolução para o estudo do problema. Através dessa resolução, membros da comissão irão conduzir uma investigação e elaborar um relatório sobre a hanseníase e direitos humanos.Esse relatório será apresentado na 57a. reunião da Sub Comissão. Existem aproximadamente 500 mil pessoas portadoras de hanseníase e 20 milhões de pessoas curadas no mundo. Quando consideramos os membros da família, mais de 100 milhões de pessoas estão sofrendo com a discriminação relacionada a hanseníase. A hanseníase é erradamente considerada por muitas pessoas como uma doença hereditária ou uma punição sobrenatural, e é temida por muitos. Entretanto, através de um coquetel de medicamentos, essa “doença incurável” tornou-se completamente curável. A despeito desse fato, os portadores de hanseníase sofrem discriminações que limitam sua capacidade para estudar, casar ou encontrar um trabalho. Mesmo após a morte, as famílias ainda sofrem descriminações sociais. Os efeitos da Resolução:Julho de 2003Yohei Sasakawa vai a Genebra para uma reunião com o Comissário Interino para Direitos Humanos, Bertrand Ramcharan, e faz uma apelação em nome de todos aqueles que sofrem com a doença. Os dois concordam que a hanseníase deve ser considerada a partir do ponto de vista da discriminação e do estigma social. Agosto de 2003 A Fundação Nippon leva pela primeira vez um grupo de profissionais e pessoas que sofrem com a hanseníase para a reunião da Sub Commissão em Genebra para fazer uma apelação sobre o problema da hanseníase e a discriminaçao social. Entre os representantes estavam pessoas da Etiópia, Estados Unidos, Índia, Filipinas e Japão.Março de 2004Na 60a. reunião da Commissão para Direitos Humanos das Nações Unidas, Sasakawa, falou como um dos membros representante da ONG, realizou pela primeira vez uma apresentação sobre hanseníase mostrando que a hanseníase é uma questão de direitos humanos. Representantes de cinquenta e três países estavam presentes. Durante a mesma sessão, a Fundação Nippon patrocinou um painel informativo no prédio das Nações Unidas, aberto ao público. Pessoas que sofrem por causa da hanseníase e especialistas discutiram a história e o atual estágio do problema da discriminação. Uma apelo foi feito ao público. Julho de 2004Yokei Sasakawa promoveu um encontro entre os membros da Sub Commisão, aproximadamente 22 a 26 membros estavam presentes. Ele apresentou a questão da hanseníase e direitos humanos para esses membros e fez um apelo para que eles trabalhem para encontrar uma solução para o problema. Os que estavam presentes, incluindo o presidemte da 56a.Sessão da Sub Comissão, Soli Sorabjee, expressou total apoio. Agosto de 2004A Sub Comissão para Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou a Resolução E/CN.4/Sub/2/2004.L.9, entitulada “Discriminação contra as vítimas da hanseníase e suas famílias.” Através dessa ação, a Sub Co