O Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, formadores do rio Amazonas, é uma das maravilhas naturais da Amazônia, do Brasil e do mundo. Esse ícone é reconhecido como patrimônio local da humanidade, devendo ser preservado para que os povos no presente e no futuro desfrutem das riquezas naturais e humanas dessa paisagem. A construção de um porto no Encontro das Águas (rios Negro e Solimões, que juntos formam o rio Amazonas) causará pelo menos dois importantes impactos: uma paisagístico, outro cultural. Ambos fazem mal à cidadania. O Lago do Aleixo, presente nessa região, pertence à antiga colônia Antônio Aleixo. Leia o manifesto a seguir, com um link para o abaixo-assinado pelo tombamento dessas importantes reservas. O MORHAN AM apóia essa causa. Verdadeiro espetáculo da natureza, que despertou nos colonizadores atitudes de espanto e admiração, o Encontro das Águas mereceu de Frei Gaspar de Carvajal (1542) a seguinte exclamação: “vimos a boca de outro grande rio que entrava pelo que navegávamos, pela margem esquerda, cuja água era negra como tinta e, por isso, o denominamos rio Negro. Suas águas corriam tanto e com tanta ferocidade que por mais de vinte léguas faziam uma faixa na outra água, sem com ela misturar-se”. Esse símbolo da Amazônia está sendo ameaçado pelo terminal portuário Porto das Lajes que está na iminência de ser construído na confluência do Encontro das Águas do rio Negro com Solimões, à margem esquerda do rio Amazonas, na foz do Lago do Aleixo, nas vizinhanças da Reserva Particular de Patrimônio Natural Nossa Senhora das Lajes, do Pólo Industrial de Manaus e das comunidades do Bairro Colônia Antonio Aleixo. O Encontro das Águas assim como as Lajes representam nossa identidade geográfica e nossa memória natural, assim como o Corcovado e a Chapada Diamantina o são para suas respectivas regiões.Nessa área, onde antagonicamente pretende-se construir o terminal portuário será implantado o mirante do Encontro das Águas, projeto da Prefeitura de Manaus assinado pelo renomado Oscar Niemeyer e também, deverá ser implantado o Programa Água para Manaus, que visa a captação e tratamento de água para abastecimento de 500 mil pessoas, com recursos do Governo Federal. O mega-projeto do terminal portuário pretende construir um pátio com mais de 100 mil metros quadrados de área, com capacidade para atender 250 mil unidades de conteiners, prejudicando a qualidade de vida futura de Manaus, pois irá degradar paisagisticamente o cenário de nosso principal ponto turístico, destruindo também os sítios arqueológicos das Lajes, juntamente com a bela área de lazer da população e poluindo, quimicamente e biologicamente, os recursos hídricos, afetando diretamente a qualidade da água no ponto de captação a ser construído, além de destruir o recurso pesqueiro da Comunidade da Colônia Antônio Aleixo e da circunvizinhança.Acesse o abaixo-assinado no link http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/3906. Clique aqui para ler o manifesto na íntegra.