“Hanseníase e mundo da vida: as diferentes facetas de um estigma milenar” é o título do artigo do jornalista Ricardo Fabrino, veiculado na Revista ECO-PÓS. A publicação, que pertence à Pós-Graduação em Comunicação e Cultura do Programa de Comunicação da UFRJ, se encontra disponível para download no endereço http://www.e-papers.com.br/ecopos/eco101.aspO artigo de Fabrini discute a construção do estigma acerca da Hanseníase a partir da apropriação habermasiana do conceito de mundo da vida. A idéia é abordar o modo como essa trama tácita de sentidos, comunicacionalmente reproduzidos e modificados, molda diversas interações sociais, criando significados culturais, práticas sociais e estruturas de personalidade que levam ao repúdio das pessoas atingidas pela hanseníase. O texto procurará discutir o caráter contextual, ainda que extremamente sólido, dessa trama, ressaltando que as justificativas para a segregação e para a marginalização dos “leprosos” no Oriente Antigo, na Bíblia, na Idade Média, na Modernidade e na contemporaneidade não são os mesmos. Não se defende, todavia, que haja uma simples substituição de imagens acerca da doença, mas uma permanente sobreposição de camadas de significação, que configuram um estigma complexo e bastante enraizado. O texto faz parte do especial “Comunicação & Saúde” publicado pela ECO-PÓS.