O ano do Morhan passado a limpo: confira nossa retrospectiva 2018! n n A luta pela eliminação da hanseníase e do estigma social e em defesa dos direitos das pessoas atingidas pela doença tem muitos cenários e formas: da articulação internacional à conversa frente a frente nas esquinas do nosso bairro, todas as ações são importantes. O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) sabe disso e se mobilizou para fazer de 2018 mais um ano em que avançamos juntos, e em muitas frentes, na promoção de justiça social. n n Confira os destaques do nosso ano e clique nos links para ler mais sobre cada tema! n n O janeiro, todos/as sabemos, É ROXO :: o mês de enfrentamento à hanseníase. Em 2018, não foi diferente, e o Morhan chamou a atenção da mobilização mundial em torno do tema: nosso movimento representou o Brasil no Apelo Global pela Eliminação do preconceito contra as pessoas atingidas pela hanseníase, na Índia. Já no nosso país, o janeiro roxo do Morhan movimentou diversas regiões e integrou a campanha nacional do Ministério da Saúde, que divulgou o Telehansen à população. E, por falar em Telehansen, temos novidades recentes: em dezembro, o Morhan desativou o 0800 do serviço para priorizar outros canais de comunicação que estão crescendo. n n ANITTA E O PRECONCEITO :: A luta foi feita também de enfrentamentos públicos em relação ao preconceito: em abril, o Morhan denunciou amplamente uma fala discriminatória da cantora e apresentadora Anitta, promovendo um abaixo-assinado com mais de duas mil assinaturas, e posts no facebook (confira aqui, aqui e aqui), que mobilizaram mídias sociais e imprensa (veja aqui, aqui e aqui, por exemplo). Pressionada, Anitta se manifestou pedindo desculpas. Mas essa história ainda não terminou: após o episódio, a cantora se inscreveu como voluntária da REMOB e consideramos que a retratação não foi suficiente, é preciso fazer mais a respeito desse assunto, abrindo um verdadeiro diálogo público sobre o tema da hanseníase e do preconceito. n n OBSERVATÓRIO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E HANSENÍASE :: Em junho, com o objetivo de criar um dispositivo de referência nacional e internacional na proteção dos direitos das pessoas atingidas pela doença, Morhan e Defensoria Pública da União lançaram o Observatório Nacional de Direitos Humanos e Hanseníase. n n LUTA DOS FILHOS E FILHAS SEPARADOS :: E a luta pela reparação de direitos e por indenização a todos os filhos e filhas separados pela política de isolamento compulsório da hanseníase avançou em 2018. Em março, o Morhan atualizou o andamento das diferentes estratégias utilizadas (junto ao executivo, ao judiciário e ao legislativo). Entre maio e junho, o Projeto de Lei (PL) 2.104/2011 e outros que tratam do tema da indenização voltaram à pauta da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) do Congresso, e o Morhan mobilizou os filhos separados a ir a Brasília pressionar os deputados, que resultou em apoio de parlamentares mas ainda não garantiu o andamento para a próxima comissão. O andamento da Ação Civil Pública que o Morhan move junto à Justiça Federal foi atualizado em julho. E, em dezembro, o estado de Minas Gerais foi o primeiro do Brasil a aprovar uma lei de indenização aos filhos separados, cuja execução vai ser coordenada por uma comissão com a participação do Morhan! n E, se você ainda não assistiu, o documentário Filhos Separados pela Injustiça foi lançado pelo movimento no youtube, em novembro. n n EM CADA ESQUINA E NO MUNDO ::Em Brasília, no mês de março, o Morhan pautou a luta contra a hanseníase e reivindicou uma política nacional de enfrentamento à doença na 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde. Em abril, fomos a cinco estados sensibilizar profissionais, serviços e lideranças para a defesa dos direitos das pessoas atingidas pela hanseníase e também à Argentina, defender a mobilização social internacional para a superação do estigma. Estivemos também no Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva em defesa dos direitos sociais e contra os ataques ao SUS, em agosto. Setembro foi o mês de fortalecer a articulação internacional em evento na Tailândia com entidades da Índia, Indonésia e Etiópia, e de participar do Congresso da Medtrop, em Pernambuco. No Congresso da SBH, em novembro, lá estávamos nós representando a perspectiva dos usuários e ex-pacientes! E durante todo o ano os núcleos do Morhan mobilizaram pessoas, parceiros e recursos para atuar regionalmente: em Paraty/RJ, Sena Madureira/AC, Floriano/PI, São Paulo/SP (+ aqui), Juazeiro do Norte/CE (+ aqui), Campinas/SP, Mogi das Cruzes/SP, Seropédica/RJ, Brasiléia/AC, Teresina/PI, Crato/CE, Palmas/TO e muitos outros lugares – acompanhe as novidades sempre pelo www.facebook.com/Morhan.Nacional 🙂 n n REPRESENTATIVIDADE IMPORTA :: Para fazer valer o lema “nada sobre nós sem nós”, o Morhan trabalha duro para ocupar espaços de representatividade junto a conselhos, conferências e fóruns. Em 2018, o Morhan renovou sua representação nas eleições para o Conselho Nacional de Saúde, o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Com Deficiência. Também nos fizemos presentes no Seminário Nacional de Saúde das Mulheres e no de Saúde Integral da População Negra. Essa atuação em várias frentes que traduz bem a importância do trabalho multisetorial do Morhan teve um dia exemplar em sete de dezembro, confere aqui. n n RECONHECIMENTO :: Todo esse trabalho, feito a tantas mãos, também tem os seus dias de reconhecimento… Assim, Faustino Pinto recebeu homenagem por seu trabalho social no Ceará, em março; Francisca Barros da Silva, a Dide, foi homenageada no Paraná, em abril; o Morhan Nacional foi premiado por políticas públicas inclusivas no Congresso Internacional da Rede Unida, em maio; Valdenora Rodrigues teve sua história de contribuição aos direitos humanos no Amazonas contada em livro, em agosto; mesmo mês em que foi lançado o livro reportagem que tem Helena Bueno como uma das personagens; e Artur Custódio teve sua atuação reconhecida pelo Conselho Nacional de Saúde, em dezembro! n n MORHAN E A DEMOCRACIA :: E não é possível um movimento social relembrar o