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Começa hoje o Seminário das ações em hanseníase e tuberculose

Cerca de 100 pessoas compareceram à abertura do seminário, que teve a apresentação de um coral de 30 vozes, composto por alunos da Escola José Leite, do bairro Cristo-Rei. O objetivo do evento é avaliar e planejar as ações de controle junto aos técnicos dos 36 municípios prioritários e dos Escritórios Regionais de Saúde, visando obter instrumentos que auxiliem no combate à hanseníase e tuberculose. Antonio Augusto de Carvalho disse que o tratamento da hanseníase e da tuberculose está recebendo atenção continuada da Secretaria de Estado de Saúde (Ses). “Atenção esta que recebeu um impulso com a determinação do Ministério de Saúde, às Secretarias de Estado do país, de que o completo controle da hanseníase e da tuberculose deve ser alcançado no ano de 2010,” explicou, acrescentando que “Mato Grosso tem a melhor aplicação da técnica de tratamento supervisionado da tuberculose e continua sendo exemplo para o Brasil nesse enfrentamento das doenças”. O representante da DAHW no Brasil, Manfred Robert Gobel, afirmou que a parceria com o Governo de Mato Grosso tem sido compensadora. “Mato Grosso tem uma cobertura 100{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} de diagnóstico, serviço e notificação bem como serviços rotineiros exemplares no tratamento da hanseníase e da tuberculose, o que nos deixa certos de que o Estado continuará estruturado para o combate e controle dessas duas doenças. Temos orgulho dessa parceria”, comentou. Ronaldo de Almeida Coelho, gerente técnico do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinam) que representou o Ministério da Saúde na abertura do seminário, confirmou a atividade exemplar de Mato Grosso declarando que “o mundo está dividido em pessoas que fazem o devem fazer, pessoas que fazem o se manda fazer e pessoas que vão além desses dois passos, fazendo mais do que se pede a elas e dando continuidade às atividades exitosas. Podemos dizer que os profissionais da Saúde de Mato Grosso, que atuam no combate à hanseníase e tuberculose, pertencem a esse terceiro grupo”. O vice-presidente da Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose e coordenador da área de Epidemiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Antonio Rufino Netto, que participou da abertura do encontro, esteve em Mato Grosso em 1997 para implantar o Tratamento Supervisionado em Cuiabá. “Sinto orgulho ao observar como as equipes da Saúde continuam aplicando com sucesso o Tratamento Supervisionado em Mato Grosso, provando ao resto do país que a técnica funciona e pode proporcionar um controle da doença quando usada em união com o sistema de notificação”, afirmou. A tarde de hoje, do seminário, será ocupada pelo tema desenvolvido pelo professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Antonio Ruffino Netto, que falará sobre “Pesquisas Operacionais”. Para os dias 21 e 22 do Seminário estão programadas sessões de planejamento das ações de combate à hansen e tuberculose, discussão em grupos, finalização do planejamento e apresentação dos resultados. SEMANA MUNDIAL DE COMBATE À TUBERCULOSE – A Secretaria de Estado de Saúde (Ses), em parceria com a Sociedade Mato-grossense de Pneumologia, realiza atividades da Semana Mundial de Combate à Tuberculose, nos dias 23 e 24 de março. A técnica do Centro de Referencia Estadual de Média e Alta Complexidade (Cermac) da Ses, Miriam da Silva Alves, relatará experiências de tratamento da doença e falará das conseqüências do abandono, das 9 às 10 horas da manhã de 23 de março, no Hotel Veneza. Depois, durante 45 minutos, o tema “Abandono do Tratamento da Tuberculose” será discutido pelos participantes. No dia 24 de março, no Ganha Tempo, que fica na Praça Ipiranga, em Cuiabá, no horário de 8 às 12 horas, será realizado o encerramento das atividades da Semana Mundial de Combate à Tuberculose. Serão realizadas apresentações de dança de siriri, pelo grupo de idosos

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Projeto prevê educação preventiva contra doença

A Assembléia Legislativa aprovou, em primeira votação, o projeto de lei que institui a política estadual de educação preventiva contra a hanseníase e de combate ao preconceito no Estado. Objetivo da proposta, que é de autoria do deputado Sérgio Ricardo (PPS), é reduzir o processo de exclusão social dos portadores de hanseníase; estimular ações preventivas, terapêuticas, reabilitadoras e legais relacionadas com a hanseníase; incentivar a participação da sociedade nas iniciativas voltadas para a prevenção e a erradicação da doença; divulgar periodicamente informações científicas e éticas em defesa da cidadania da população portadora de hanseníase. “Eliminar a doença em Mato Grosso e contribuir para que ela seja eliminada no Brasil deve ser um esforço conjugado de todos os níveis das instituições governamentais (federal, estadual e municipal), bem como o envolvimento de toda a sociedade civil na luta contra esta enfermidade”, avaliou o parlamentar. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, em 2003, Mato Grosso possui um índice de prevalência estimado de 13 casos por 10 mil habitantes, quando o estimado pelo Ministério da Saúde é de 1,7 por 10 mil habitantes. Sérgio Ricardo relata também que no projeto constam as seguintes diretrizes: educação preventiva, que compreende um conjunto articulado de ações e serviços, individuais ou coletivos, com o objetivo de facilitar o acesso à informação e à orientação, bem como a espaços destinados ao desenvolvimento integral do cidadão; atenção integral ao portador de hanseníase e sua rede social, que compreende o conjunto de dispositivos sanitários e sócio-culturais, que englobam indicadores de qualidade de vida, qualidade das relações inter-pessoais, inclusão social e participação por meio do controle social, constituídos a partir de uma visão integrada da saúde, visando à redução de danos; e contribuição ao debate sobre a doença e a eliminação do preconceito contra os portadores, que compreende a divulgação de estudos e experiências nas áreas de saúde, educação e cidadania, visando à qualificação do planejamento de ações integradas da política de erradicação da hanseníase e de combate ao preconceito. O deputado explica ainda que somente no ano passado, Mato Grosso registrou mais de três mil casos novos da doença. Dados do Ministério da Saúde comprovam que o Estado é o campeão em prevalência da doença, ou seja, casos novos e antigos. Dados do Ministério informam que a hanseníase é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria (bacilo de Hansen) que compromete principalmente a pele e os nervos, deixando seqüelas se não for tratada precocemente. Baseado no projeto, o deputado solicita que se institui a Semana de Combate ao Preconceito e à Hanseníase, a ser comemorada anualmente na última semana do mês de janeiro. Estudos da medicina comprovam que a hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade já registradas na história e se propaga quando uma pessoa portadora fala, tosse, ou mesmo respira próximo a alguém que não tenha ainda a bactéria. O tratamento é longo e pode durar de 6 a 12 meses. A Organização Mundial da Saúde estima que atualmente a doença atinge cerca de 1 milhão de pessoas e que 2 á 3 milhões estejam permanentemente incapacitadas pela doença. Declara ainda que no período de 2000 a 2005, 2,5 milhões de pessoas afetadas precisam ser encontradas e tratadas. Porém, o Brasil é o único país da América Latina onde a doença ainda não foi eliminada. E apesar do percentual de cura da hanseníase em Mato Grosso ter crescido nos últimos dois anos de 69{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} para 84{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}, mesmo assim o Estado ainda lidera os casos da doença – em 2004 foram notificados 3.045 novos casos de hanseníase e aproximadamente 4.735 doentes estão em tratamento em todo Mato Grosso. “Felizmente, a Hanseníase tem cura. E este avanço da Medicina deve ser divulgado e abraçado por todos nós”, lembrou Sérgio Ricardo. Para o deputado, a informação da população sobre os sinais e sintomas da doença torna-se importante para que ela recorra ao serviço

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Combate à tuberculose e hanseníase é tema de seminário

O secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro, estará presente à abertura do Seminário de Planejamento das Ações em Hanseníase e Tuberculose, no Hotel Veneza, em Cuiabá, no dia 20 de março, às 8 horas da manhã. O evento, que tem como objetivo avaliar e planejar as ações de controle junto aos técnicos dos 36 municípios prioritários e dos Escritórios Regionais de Saúde, se estende até os dias 21 e 22 e contará com a presença de técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (Ses), do Ministério da Saúde (MS), da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto(SP), e da American Leprosy Mission (ALM), no Brasil. “O planejamento é importante para conseguir um impacto nos indicadores da hansen e da tuberculose no Estado, muito embora as duas doenças tenham um índice de boa cobertura em Mato Grosso” explicou Marilda Santos Spinelli, consultora de tuberculose para o Ministério da Saúde na Ses, referindo-se aos índices de cobertura de 70{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} da tuberculose e 80{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} da hanseníase, nas unidades de Saúde, ressaltando que todos os municípios de Mato Grosso aplicam programas de combate às duas doenças. A programação do seminário prevê, no dia 20 de março, a apresentação dos dados da hansen e da tuberculose no Estado, que será feita pelas técnicas Simone Gutierrez e Eliane Esperandio, da área da tuberculose da Ses. Após essa apresentação o técnico do Ministério da Saúde, Ronaldo de Almeida Coelho, falará sobre o tema “Sistemas de Informação”. Em 2005 foram notificados 1.006 casos de tuberculose em Mato Grosso com um percentual de 78,2{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} de cura desses pacientes. “Esse percentual nos coloca muito próximos dos índices preconizados pelo Ministério da Saúde, que afirma ser recomendável uma detecção de 70{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} e cura de 85{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} dos casos detectados. Nós tivemos detecção de 88,2{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}, acima do sugerido pelo MS, e cura de 78,2{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}”, lembrou Marilda Spinelli. A tarde do primeiro dia do evento, será ocupada pelo tema desenvolvido pelo professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Antonio Ruffino Netto, que falará sobre “Pesquisas Operacionais”. Os instrutores querem incentivar a pesquisa para descobrir por que pessoas abandonam o tratamento da tuberculose quando o índice de abandono preconizado pelo Ministério de Saúde é de menos de 5{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}. Para os dias 21 e 22 estão programadas sessões de planejamento das ações de combate à hansen e tuberculose, discussão em grupos, finalização do planejamento e apresentação dos resultados. O seminário terminará às 18 horas do dia 22 de março.

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Mato Grosso tem programa exemplar de detecção da hanseníase

Durante o ano de 2005 Mato Grosso enfrentou e combateu sistematicamente, na busca do controle e da cura, a hanseníase. Nessa batalha o Estado aprimorou seus mecanismos de detecção da doença o que fez com que aumentasse o número de notificações, de 3.378 em 2004 para 3.556 em 2005. Eliane Maria Esperandio, técnica da Secretaria de Estado de Saúde na área de hanseníase, disse que Mato Grosso continua ocupando o primeiro lugar no ranking dos Estados que lutam com o problema da hanseníase, mas que isso se deve às características do combate e controle da doença.       “O Estado está se aproximando rapidamente da meta sugerida pelo Ministério da Saúde, que é de 90{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} de cura dos casos encontrados: Em 2004 atingiu 86,7{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} e em 2005 conseguiu 83,{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} de cura dos 3.556 casos encontrados, significando ainda que existem pacientes sob cuidados por causa de seu tempo de tratamento que varia de 6 a 12 meses. Esse percentual tem sido conseguido por poucos Estados onde a doença ocorre,” ressaltou a técnica.       Em 2004 o coeficiente de detecção estava em 12,5{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} ao passo que, em 2005, esse percentual foi de 12,7{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}. “Em 2006, portanto, deveremos começar a obter melhores resultados no enfrentamento da doença. A Secretaria de Estado de Saúde vai intensificar e monitorar os municípios para que priorizem a busca, a identificação e a cura”, incentivou Eliane Esperandio.       Mato Grosso é um dos poucos Estados do país que tem ações de combate e controle da hanseníase sendo desenvolvidas em 100{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} do seu território, segundo informou Eliane Esperandio. Existem 655 unidades básicas de Saúde espalhadas pelos municípios sendo que 437 dessas unidades desenvolvem ações de controle da hanseníase conseguindo fazer uma cobertura de 67{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}, o que também é um percentual obtido por poucos Estados do território nacional.       “O programa de combate e controle da hanseníase envolve duas fases distintas: num primeiro momento, há um período de detecção de pessoas infectadas com o bacilo de hansen e que são portadoras da doença, período que vai de dois a três anos quando os coeficiente de detecção, que mostra quantos casos novos surgiram durante o ano, costumam ser elevados. Esse período ocorre ao mesmo tempo em que se realiza a cura dos casos encontrados. Após esse tempo e tendo conseguido identificar e localizar a maioria dos que sofrem a doença, o programa se concentra na cura dos casos identificados e o coeficiente de detecção começa a cair até chegar ao nível mínimo preconizado pelo Ministério da Saúde, que é menos de um caso para cada 10 mil habitantes”, explicou.       O Ministério da Saúde definiu 15 municípios do Estado como prioritários para ao combate e o controle da hanseníase: Alta Floresta, Barra do Garças, Nova Xavantina, Cáceres, Cuiabá, Várzea Grande, Juara, Juína, Peixoto de Azevedo, Marcelândia, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis e a Secretaria de Estado de Saúde adicionou, a essa lista, os municípios de Água Boa e Diamantino.       “Com essas ações Mato Grosso pretende melhorar seus índices. Um dos fatores de identificação da doença é devido ao grande fluxo migratório característico da região Centro-Oeste e Norte do país. São os Estados de grandes frentes de trabalho e que mais crescem no seu desenvolvimento econômico. Diante desse fator o Estado está preparado tecnicamente, operacionalmente e também com pessoal qualificado para o enfrentamento dessa doença”, esclareceu Eliane, explicando ainda que “a hanseníase, por ser uma doença crônica, de período de incubação que leva de 3 a 10 anos para manifestar os primeiros sinais, dificulta a saída de Mato Grosso do ranking. Porém com todas as ações que o Estado adotou e desenvolve a meta é eliminar a doença como problema de saúde pública até o ano de 2010. Após essa data o Estado passará somente a controlar a doença, de

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Reconhecimento devido

A luta do médico e senador Tião Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado, pela erradicação da hanseníase no Brasil será reconhecida com uma homenagem a ser prestada a ele pelo Ministério da Saúde. A informação foi dada ontem, em Brasília, pelo secretário nacional de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa da Silva Júnior, ao anunciar que a homenagem será prestada na abertura do seminário “Resultados e Desafios da Eliminação da Hanseníase no Brasil”. O seminário será realizado entre os dias 8 e 9 de março, no Hotel San Marco, em Brasília, e Tião Viana será reconhecido como uma das pessoas que tem se dedicado à causa de combate à doença. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, numa visita à colônia Ernani Agrícola, em Cruzeiro do Sul, onde vivem portadores da doença, em abril de 2004, fixou o ano de 2006 como prazo para a erradicação da hanseníase no Brasil. O presidente visitou também a Colônia Souza Araújo, em Rio Branco, onde Tião Viana trabalhou cuidando como médico voluntário dos internos portadores da doença.Para a eliminação da hanseníase no país como problema de saúde pública, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), é necessário reduzir a prevalência da doença para menos de um caso a cada grupo de 10 mil habitantes. Hoje, o Brasil apresenta taxa de 3,88/10 mil. Em alguns Estados, esse número chega a cerca de 20. Com relação à detecção da hanseníase, o país tem registrado, em média, 42 mil novos casos anualmente. No ano passado, foram registrados 45 mil novos casos. A hanseníase já foi eliminada no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Já São Paulo, Rio Grande do Norte e Distrito Federal estão próximos da eliminação. “Mas nós não podemos perder de vista a meta de pôr fim a essa doença que tanto tem maltratado os nosso irmãos agora no ano de 2006. Estou convencido de que isso será possível”, disse o senador ao saber da homenagem. “Fico sensibilizado e agradecido pela generosidade dessa homenagem”, afirmou.Os grandes eixos do plano para eliminação da doença, de acordo com o Ministério da Saúde, são identificar novos casos e garantir o acesso ao tratamento para todos os pacientes. Além disso, todas as pessoas que já têm hanseníase deverão ser curadas. O tratamento é feito gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e dura de seis a 12 meses. A principal estratégia do Ministério da Saúde é a integração das ações de diagnóstico e tratamento da doença na atenção básica. Isso significa que as equipes do Programa Saúde da Família (PSF), Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e todas as unidades do SUS passam a integrar a rede de atendimento ao paciente, facilitando o acesso universal ao diagnóstico e tratamento.Há 20 anos o Acre era campeão em hanseníase no país. Na época havia registro de 110 pacientes para cada grupo de 10 mil habitantes. De lá para cá houve uma diminuição de 95{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} dos casos e a proporção baixou para 5,1 casos para 10 mil habitantes.O Ministério da Saúde está trabalhando ainda para reestruturar os 36 hospitais colônias que abrigam pacientes com hanseníase no país, incluindo os dois do Acre. A situação de cada um é diferente e peculiar. Alguns ainda são hospitais e podem se transformar em hospitais gerais, que atendam, inclusive, os pacientes com hanseníase. Outros são asilos, que dão abrigo a pacientes que perderam seus laços sociais e familiares após o diagnóstico da doença.No ano passado, o senador Tião Viana anunciou liberação de mais de R$ 1 milhão para melhorar a vida de internos nas colônias e casas de ajuda de Rio Branco e de Cruzeiro do Sul. Os recursos estão prestes a ser liberados graças ao empenho do senador junto ao Ministério da Saúde. De acordo com o senador Tião Viana, com os recursos assegurados e com os trabalhos de melhorias nas duas colônias prestes a ser iniciados, as autoridades estaduais de saúde terão os próximos anos de tranqüilidade em relação à doença porque serão oferecidas condições de dignidade satis

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OMS pede fim da discriminação de portadores de hanseníase

MANILA – Hansenianos e autoridades sanitárias internacionais lançaram um segundo apelo global, nesta segunda-feira, 29, para pôr fim à discriminação dos portadores da hanseníase, doença também conhecida como lepra. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que cerca de 100 milhões de hansenianos no mundo, além de seus parentes, ainda sofrem com o estigma social. “Queremos que o mundo todo saiba que a hanseníase é uma doença curável, que o remédio é grátis em todo o mundo. Portanto, não deveria haver discriminação”, afirmou o embaixador de boa-vontade da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a erradicação da hanseníase, Yohei Sasakawa. Sasakawa disse ter pedido á Comissão de Direitos Humanos da ONU uma resolução determinando que todos os governos nacionais criem normas para eliminar a discriminação.  A hanseníase deixou de ser um problema de saúde pública em escala mundial depois que a cura foi disponibilizada, nos anos 80. Desde 1985, terapias com drogas já trataram mais de 15 milhões de pacientes, e evitaram deficiências em 4 milhões, diz a OMS. A despeito disso, o estigma social persiste, por conta das deformidades físicas que afligem alguns dos atingidos pela doença. Na Ásia, apenas as Filipinas e a China registram mais de 1.000 novos casos anuais da doença a cada ano.  Especialistas já encontraram uma correlação entre pobreza e a incidência da hanseníase, disse Vijaykumar Pannikar, líder do Programa Global de Hanseníase da OMS. Em alguns países, como a Índia, a discriminação está fixada em lei: por exemplo, uma mulher com hanseníase pode ser legalmente abandonada pelo marido.  Fonte: Estadão

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