Noticias2012

Programa reencontros entrega resultados no Pará

Na próxima quinta-feira, 08/11, mais de 200 pessoas separadas de seus familiares durante o isolamento compulsório de pacientes com hanseníase – vigente no país até a década de 1980 – estarão reunidas no município de Marituba, no Pará. O evento marca a entrega de resultados de exames de DNA realizados pelo Programa Reencontros, idealizado pelo Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), com o objetivo de identificar pais, filhos e irmãos que sofreram alienação parental durante o período. Os irmãos paraenses Olívia, Basileu, Percilia e Alípio acreditavam ser irmãos e tiveram o parentesco confirmado pelo exame de DNA. O mesmo aconteceu com as irmãs Raimunda e Maria Dias. “O Programa Reencontros é inspirado na história das Avós da Praça de Maio, que também utilizaram exames genéticos para reencontrar seus netos, filhos de cidadãos desaparecidos durante a ditadura militar na Argentina”, conta o conselheiro nacional de saúde Artur Custódio, coordenador nacional do Morhan. Para a experiência brasileira, o Morhan realiza o mapeamento histórico familiar e os documentos de pessoas que já identificaram prováveis familiares, para que o exame genético comprove os laços de parentesco. A geneticista Lavínia Schuler Faccini, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que integra o Inagemp, explica o exame de DNA será feito a partir de amostras de saliva. “A coleta de saliva não é invasiva, como a de sangue, e por isso facilita o manejo clínico. Para contemplar todo o território nacional, o Programa Reencontros utilizará um recipiente capaz de preservar a amostra clínica por tempo suficiente para o transporte até o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, onde análises moleculares serão realizadas, em um processo que pode levar até quinze dias”, esclarece a especialista que estará presente no encontro do Pará. O Programa Reencontros é resultado de uma parceria com o Instituto Nacional de Genética Médica Populacional (Inagemp) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Força tarefa para garantia de direitosDurante o encontro também será debatida os resultados da força tarefa composta por representantes do governo e do Morhan para viabilizar a extensão das medidas reparatórias concedidas às pessoas que foram segregadas nas antigas colônias também aos seus filhos. “O Brasil foi o segundo país do mundo a indenizar as pessoas submetidas ao isolamento compulsório, seguindo a experiência japonesa. Agora, poderá ser o primeiro a estender as medidas reparatórias aos filhos que foram separados dos pais durante a vigência desta política, que configura um grave crime de Estado”, afirma o coordenador nacional do Morhan. O representante do Morhan na força tarefa, Jose Edymilson Picanço, que também foi vitima da alienação promovida pelo governo na época, estará presente a reunião.  “O Grupo de Trabalho Interministerial levará os caminhos da reparação à presidenta Dilma Rousseff. A proposta é a indenização dos filhos que foram separados dos pais nos moldes da lei federal nº 11.520, de 18 de setembro de 2007, que concede pensão especial às pessoas submetidas ao isolamento compulsório”, esclarece Artur Custódio, se referindo à lei que garante aos cidadãos que foram segregados nas antigas colônias pensão vitalícia de R$ 750, fornecimento de próteses, realização de intervenções cirúrgicas e assistência à saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Entenda o isolamento compulsórioNo Brasil, até a década de 1980, a lei federal nº 610 de 13 de janeiro de 1949 recomendava o isolamento compulsório dos pacientes com hanseníase, que eram então mantidos em colônias. A mesma lei ordenava a entrega dos bebês de pais com hanseníase à adoção, o que levou à separação de milhares de famílias. Esta situação perdurou até 1986, quando os antigos hospitais colônias – então chamados leprosários – foram transformados em hospitais gerais. “Os muros foram derrubados, os portões abertos, mas a luta pelo reencontro destas famílias ainda continua”, revela Artur. Envolvido na promoção da saúde e da cidadania de pacientes com hanseníase e seus familiares, o Morhan desenvolve um extenso trabalho na busca de reunir as famílias separadas pelo isolamento compulsório dos pacientes com hanseníase e de reparar os danos causados por esta política, vigente no país até a década de 1980. Um trabalho importante realizado nesta área é a mobilização para a aprovação, pela presidente Dilma Rousseff, de legislação que garanta a indenização dos filhos separados de seus pais, conforme recomendação da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas.Hoje, a lei federal nº 11.520 de 18 de setembro de 2007 dispõe sobre a concessão de pensão especial às pessoas atingidas pela hanseníase que foram submetidas ao isolamento compulsório – porém, o benefício não se estende aos seus filhos. “Desde 2010, o Conselho Nacional de Saúde recomenda a aprovação de uma medida provisória que estenda as ações de reparação e indenização aos filhos separados dos pais durante a fase do isolamento compulsório de pacientes com hanseníase”, defende o coordenador nacional do Morhan. Neste contexto, o movimento social, apoiado por artistas como Ney Matogrosso, Elke Maravilha e instâncias como a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, vem promovendo audiências públicas em todos os Estados brasileiros, com o objetivo de fortalecer o debate sobre o tema e a reivindicação da medida provisória que estenda o benefício aos filhos das pessoas submetidas ao isolamento compulsório. SERVIÇOEntrega de resultados do Programa Reencontros no ParáData: Quinta-feira, 8 de novembro, 17hLocal: Casa da Seresta (Rua Souza Araújo, nº 30, Bairro Dom Aristides, Marituba, Pará) CONTATOMovimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase – MORHANAssessoria de ComunicaçãoBel Levy –  21 7240 4488Renata Fontoura –  21 9615 0648Ana Claudina Santos – 91 9161 3302 e 91 8374 7880imprensa.morhan@gmail.com

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Voluntários do Morhan são convidados a integrarem a ASBAERJ e ARAMLERJ

Mais uma conquista dos voluntários do Morhan! Dessa vez foi a vez dos nossos coordenadores Artur Custódio e Artur Correa. Eles foram indicados pela  Comendadora Embaixadora Da Paz Edinira Silveira a serem acadêmicos das ACADEMIA SOBERANA BRASILEIRA DE ARTES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – ASBAERJ. & ACADEMIA REAL DE ARTES, MÚSICA E LETRAS DO ESTADO RIO DE JANEIRO – ARAMLERJ. A notícia foi dada pelo próprio Artur Correa, através do seu perfil no Facebook, onde aproveitou para agradecer a oportunidade.“Não é só uma honra fazer parte de tão distintas ordens que perpetuam e zelam pela arte em suas mais diversas formas de expressão, é também um presente para a luta contra a hanseníase e o preconceito que passa a ter amigos artistas de grande renome e esplendor!!! Obrigado Comendadora Edinira!!! Quando for a hora da Outorga faremos toda a divulgação possível!!!”, comemorou Artur.

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Rede internacional de preservação da história da hanseníase no mundo começa a ser definida

Durante o workshop que debateu a importância da preservação da hanseníase no mundo, realizado no Japão durante o mês de novembro, foi dado o primeiro passo para a criação de uma rede internacional que terá como principal meta justamente conservar a história dessa doença que ainda gera muito preconceito. “O Morhan participou do workshop, juntamente com pessoas da Malásia, Brasil, Austrália, Taiwan Filipinas e Japão. Uma das prioridades era entender como estava se desenvolvendo o processo de preservação nesses países. Posteriormente definir diretrizes de apoio entre eles para a preservação”, explica Artur Correa, um dos integrantes da equipe do Morhan que foi até o país do sol nascente.A escolha do Japão como sede do workshop, por sinal, se deu devido ao fato de que o país é pioneiro no desenvolvimento de museus e preservação histórica na hanseníase. Uma das mais importantes instituições nessa área, por sinal, é sediada lá e é parceira do morhan: Sasakawa Memorial Health Foundation. “Durante o evento ficou entendido que o apoio transnacional entre as instituições e pessoas que lutam para a preservação dessa historia poderia ser muito importante para ajudar a fortalecer a luta”, diz Artur. “Nesse sentido foi elaborado um manifesto, que ainda está em edição, visando estabelecer diretrizes políticas acerca da preservação para que os países possam utilizar”, completa. Segundo Artur, a importância de estabelecimento de uma rede de apoio internacional deve estar mobilizada sob um mesmo “guarda chuva” para ser fortalecida como uma ação internacional e não apenas local.A equipe do Morha foi composta também pelo Coordenador Nacional, Artur Custódio, Thiago Flores (voluntario em MG), Cristiano Torres (vice-coordenador) e Alice Cruz, voluntaria do Morhan, antropóloga e pesquisadora da Universidade de Coimbra em Portugal. MUSEU DA HANSENÍASE – A equipe aproveitou também para visitar museus sobre a hanseníase com objetivo de absorver experiência e traçar estratégias. Dessa forma, o Morhan parte agora para os primeiros passos para a construção do Museu Nacional da Hanseníase. “Agora vamos seguir com coleta de artefatos e registros, definição da estratégia e metodologia do museu. Em seguida iniciaremos as obras e questões estruturais”, diz Artur. O museu esta sendo possibilitado pela parceria Morhan EBX e RIOSOLIDARIO. A viagem ao Japão foi possibilitada pela EBX e Sasakawa Memorial Health Foundation.

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Carreta da Saúde em Pernambuco

A Carreta da Saúde, unidade móvel para diagnóstico imediato da hanseníase, está no município de Bonito, em Pernambuco, de 5 a 9 de novembro. As atividades serão realizadas no pátio do Hospital Dr. Alberto Oliveira, localizado na Rua Mizael Galindo, a partir das 9h. Uma equipe de saúde estará à disposição da população para realizar o diagnóstico de hanseníase, hipertensão e diabetes e encaminhar os pacientes ao tratamento. A iniciativa é resultado de uma parceria da Novartis com o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) e conta com o apoio do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS). O coordenador nacional do Morhan, o conselheiro nacional de saúde Artur Custódio, aposta na informação como estratégia para reduzir a incidência da hanseníase na população brasileira e combater o preconceito que ainda envolve a doença. “Apesar de a hanseníase ter elevados índices de cura e do tratamento estar disponível gratuitamente da rede pública de saúde, o Brasil ainda é o primeiro país no ranking mundial de prevalência da hanseníase. Esta triste realidade é fortemente influenciada pelo preconceito, que afasta pacientes do diagnóstico e das unidades de saúde. Por isso, a informação é o melhor remédio”, Artur avalia. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 47 mil novos casos de hanseníase são identificados no país a cada ano – 8{f7c3764f0e4c7c4bf2745755e122a608d6cd7137043b2067a0d398e586891438} deles em menores de 15 anos. Carreta da Saúde em BonitoDe 05 a 09 de novembro de 2012Pátio do Hospital Dr. Alberto Oliveira (Rua Mizael Galindo, s/n)A partir das 9h  CONTATOMovimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase – MORHANRenata Fontoura – 21 9615 0648Bel Levy – 21 7240 4488imprensa.morhan@gmail.com

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Trabalho de voluntários do Morhan recebe premiação no 6° Simpósio Brasileiro de Hansenologia

Menção honrosa e a escolha como um dos 10 melhores trabalhos apresentados, entre mais de 200. O 6° Simpósio Brasileiro de Hansenologia em Ribeirão Preto (SP), que foi realizado no final de outubro, reservou ao Morhan estes dois ótimos acontecimentos que refletem o compromisso e o trabalho dos nossos voluntários na luta contra o preconceito. “Esse trabalho foi escolhido previamente como um dos melhores e antecipadamente recebeu o premio de Menção Honrosa. Apresentamos oral (7 minutos) e Poster. Parabéns a todos e isso faz com que a gente não desista desse trabalho e montemos uma linda estratégia de ampliar o conhecimento de nossos parceiros voluntários”, comenta Susilene Maria Nardi, uma das autoras do trabalho “Rede Social: Ferramenta para Estimular o Conhecimento sobre Hanseníase para Voluntários do Morhan”. O trabalho que mostrou a importância das redes sociais, como facebook e twitter, no combate ao preconceito, disseminação de informações e capacitação de voluntários, teve como autores a seguinte equipe: Susilene Maria Tonelli Nardi, Luisa Arantes Loureiro, Artur Custódio Correa Sousa, Heloisa da Silveira Paro Pedro, Lucia Helena Soares Camargo Marciano e Vania Del’Arco Paschoal.

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Eni Carajá é o representante titular do Morhan no Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

O Morhan, em outubro, foi reconduzido à vaga de titular e suplente no Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, vinculado a Secretaria Especial de Direitos Humanos, do Governo Federal. E os nossos representantes são: Eni Carajá Filho (Titular) e Artur Custódio Moreira de Sousa (Suplente). A eleição foi realizada em 03 de outubro de 2012 e nossa posse no dia 18 de outubro de 2012 em Brasília. E para quem ainda não conhece, veja um breve perfil do nosso representante titular.Eni Carajá Filho é natural de Belo Horizonte, indígena urbano Carajá de Xambioá e atualmente reside em Betim. Já participou de dois Conselhos Estaduais em Minas Gerais (Saúde e Assistência Social) e dos Conselhos municipais na capital (Pessoas com Deficiência, Saúde , Orçamento Participativo, Transporte e Trânsito e Assistência Social). De 2009 a 2012 foi representante nos Conselhos de Promoção da Igualdade Racial, Pessoas com Deficiência e Saúde, em Betim. Eni também já Conselheiro Nacional de Saúde no período 2003 à 2009. “Gostaria de estreitar relações com as pautas de Minas Gerais para ver cumpridos os direitos da pessoa idosa, numa perspectiva inter geracional, intersetorial, me dispondo a estar acompanhando algumas reuniões, debates,conferências, formação de conselheiros, e de conselhos. Estarei sempre atuando visando o aperfeiçoamento do Controle social e da Gestão Participativa de forma voluntária e na defesa de princípios e diretrizes constitucionais”, diz o representante titular do Morhan.

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