Em busca de um padrão de atendimento à hanseníase

Em busca de um padrão de atendimento à hanseníase

O Brasil é composto por mais de 5 mil municípios. Em cada um deles, diferentes culturas, realidades socioeconômicas e embates políticos impõem desafios a práticas de excelência no cuidado à saúde. Para garantir a qualidade no atendimento a pessoas com hanseníase em todo o território nacional, a Associação Brasileira de Enfermagem (Aben), em parceria com o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) e com o apoio do Ministério da Saúde, lança na próxima semana uma iniciativa inédita no país, para definição do Protocolo Nacional de Enfermagem em Hanseníase.

“O objetivo é padronizar com qualidade a atuaçao da enfermagem em todos os cenários da hanseníase: na assistência da básica, média e alta complexidade, na pesquisa e no ensino. É fundamental que em todos os municípios brasileiros os pacientes sejam atendidos com o mesmo padrão de excelência”, aponta o coordenador nacional do Morhan, o conselheiro nacional de saúde Artur Custódio.

Na terça-feira, 21 de agosto, uma equipe da Aben, acompanhada pelo Morhan, dará início a uma série de visitas técnicas a serviços de saúde que prestam atendimento a pessoas com hanseníase. Na terça-feira de manhã, a comitiva irá a Tanguá, para conhecer o trabalho da Carretinha da Saúde, unidade móvel para o diagnóstico imediato da hanseníase, que percorre o Estado do Rio de Janeiro para promover a detecção da doença e o encaminhamento dos pacientes ao tratamento especializado, além de ações de educação em saúde.

Em seguida, o grupo segue para Itaboraí, para o Hospital Estadual Tavares de Macedo, onde funcionava um antigo hospital-colônia, na época em que pacientes com hanseníase eram submetidos ao isolamento compulsório. Atualmente, a unidade de saúde presta atendimento a ex-portadores da doença que ainda vivem no local e avança para atencão ao idoso vitima da politica de segregação uma ação pioneira no país.

“Como acontece em outras antigas colônias de hansenianos no país, 90{f7c3764f0e4c7c4bf2745755e122a608d6cd7137043b2067a0d398e586891438} dos moradores da região, entre ex-pacientes e pessoas que trabalharam no local, são idosos. Por isso, é urgente a implantação de um serviço que atenda a esta demanda, com ênfase na reabilitação e na prevenção de limitações provenientes de outras doenças características do envelhecimento”, resume a diretora do Hospital Estadual Tavares de Macedo, a médica Ana Claudia Krivochein.
Estão previstas, ainda, visitas técnicas da Aben ao Instituto Estadual de Dermatologia Sanitária do Rio de Janeiro, em Jacarepaguá, onde funcionava a colônia de Curupaiti; ao Ambulatório Souza Araújo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), referência nacional na área; e a outras unidades de saúde do Rio de Janeiro.
 

SERVIÇO
Protocolo Nacional de Enfermagem em Hanseníase
Visitas técnicas da Associação Brasileira de Enfermagem (Aben) ao Rio de Janeiro
Data: Terça-feira, 21 de agosto
10h – Carretinha da Saúde em Tanguá
14h – Hospital Estadual Tavares de Macedo, em Itaboraí
 

CONTATO
Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase – MORHAN
Assessoria de Comunicação
Bel Levy –  21 7240 4488
Renata Fontoura – 21 9615 0648
imprensa@morhan.org.br