Nos últimos anos mais de cinco mil profissionais de saúde foram capacitados nas ações de controle da hanseníase no Maranhão, aumentando de 19{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}, em 2004, para 33{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}, ano passado, o percentual de unidades de saúde com o Programa de Eliminação da Hanseníase implantado. Isso significa que todos os municípios maranhenses têm pelo menos um serviço de saúde que presta assistência aos portadores da doença. Os resultados positivos chamaram atenção da ILEP do Brasil, organização internacional que financia boa parte das ações brasileiras na área, e que realizará encontro nos próximos dias 24, 25 e 26 de abril, no Hotel Brisamar.A ILEP – International Federation of Anti-Leprosy Associations – surgiu da necessidade de organizar o trabalho realizado por dezenas de organizações não governamentais no mundo que desenvolvem atividades ligadas à questão da hanseníase. Participarão do evento em São Luís, membros das ONGs da Holanda, Itália, Bélgica, Estados Unidos da América, Alemanha, Inglaterra e Espanha. Anualmente, este grupo se reúne para discutir as estratégias desenvolvidas para o controle da hanseníase e da tuberculose no ano anterior e planejar as ações do ano vigente. A programação da conferência, que conta com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), terá início amanhã, às 8h, no Hotel Brisamar. À noite, a partir das 19h, acontecerá a abertura oficial do encontro, no Palácio dos Leões, que contará com a presença de autoridades, entre elas, a coordenadora do Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase (PNEH) do Ministério da Saúde, Rosa Castália, a secretária de Estado da Saúde, Helena Duailibe Ferreira, a representante da ILEP no Brasil, Manfred Göbel, e a representante da Dahw no Maranhão, Hannelore Vieth.Na terça-feira, haverá palestras e discussões sobre projetos a serem desenvolvidos no Brasil, este ano. No último dia do encontro, na quarta-feira, a comitiva visitará o Centro de Saúde Genésio Rêgo, na Vila Palmeira, que está em vias de ser reconhecido no estado como referência para assistência aos portadores da hanseníase. A ILEP está presente em 94 países apoiando mais de mil projetos, com recursos anuais de U$ 20 milhões. As sete organizações filiadas no Brasil trabalham sob os princípios da cooperação. No Maranhão, as ações do Programa Estadual de Eliminação da Hanseníase são realizadas em parceria com a ONG Dahw, que tem escritório montado em São Luís há 10 anos.”Além de não conhecer o Estado, o que motivou a realização da conferência no Maranhão foi os bons resultados alcançados pelo programa”, destacou a representante da Dahw no Maranhão, Hannelore Vieth.Ela acrescentou que os números mostram a evolução do Maranhão. Em todas as secretarias municipais maranhenses o programa de hanseníase está implantando e funcionando com profissionais treinados. Todos os municípios mantêm pelo menos um serviço de saúde dispensando medicamentos para os hansenianos. Os maiores, como São Luís, implantou o programa em 50 postos de saúde, e em Imperatriz, já são mais de 30.”Essa evolução foi possível graças ao grupo de Assessoria Técnica de Hanseníase e Tuberculose montado no Maranhão, que é a locomotiva do Programa de Hanseníase no Estado”, disse Hannelore Vieth.