Evento sobre a hanseníase alerta para a necessidade do diagnóstico precoce

Evento sobre a hanseníase alerta para a necessidade do diagnóstico precoce

A secretaria da Saúde do Paraná promoveu na última quarta-feira (25) o Dia Estadual de Conscientização sobre a Hanseníase com um evento que reuniu ex-portadores da doença, lideranças de movimentos sociais e autoridades da saúde e que teve a participação da atriz Elke Maravilha, voluntária do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase ? MORHAN.O coordenador nacional do MORHAN, Artur Moreira Custódio de Souza, trouxe como presente ao secretário da Saúde (entregue ao superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, que o representava) um relógio do movimento, ?que representa a pressa de quem não pode continuar convivendo com uma doença que pode ser erradicada em nosso país?, disse. ?O Paraná tem bons números, se compararmos com outros estados, mas isso não significa que podemos reduzir a vigilância, pois não é possível que o Brasil continue sendo o primeiro país em incidência de hanseníase no mundo?, destacou Artur.Nos últimos quatro anos, o Paraná tem registrado em média 1.200 casos novos por ano, o que demonstra que a doença está sob controle. Em 2009, foram confirmados 1.202 casos novos de hanseníase no estado e em 2010, 1061. ?É importante destacar que a hanseníase é uma doença séria, mas que quando diagnosticada precocemente não chega a causar deformidades e com o tratamento adequado, e gratuito pelo SUS, tem cura?, disse a coordenadora do programa estadual, Nivera Stremel.A atriz Elke Maravilha fez questão de falar sobre o preconceito que ainda atinge os portadores da doença. ?Eu sou diabética e cardíaca e, no entanto, ninguém tem preconceito comigo por causa dessas doenças. Então porque existe esse tipo de preconceito com os portadores de hanseníase? Minhas doenças não têm cura, mas a hanseníase tem? disse Elke.O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, destacou que concorda com a linha de atuação do MORHAN, que não aceita o avanço da doença que pode ser facilmente eliminada com ações permanentes de vigilância. ?Termos melhores números que outros estados não significa que estamos tranqüilos. Este dia de alerta não é uma comemoração, mas um dia de conscientização para que os diagnósticos sejam feitos antes que os portadores desenvolvam sequelas e que atinjam a cura rapidamente?.Foram entregues homenagens a pessoas que se destacaram no controle da Hanseníase no Paraná e apresentadas intervenções artísticas falando sobre a doença e formas de tratamento e cura.Fonte: SESA/PR