Os congressistas chegaram à conclusão que avanços no controle da doença ainda acontecem de forma muito vagarosa e, se creconstruirmos uma linha do tempo, podemos citar o descobrimento da cura na década de 40 e o descobrimento do tratamento com multidroga (Poliquimioterapia) na década de 70 como os principais avanços. A comunidade acadêmica internacional também chegou à conclusão que termos como “lepra” e “leproso” devem ser banidos do vocabulário mundial, pois reforça o estigma e o preconceito. Recomendam que a expressão “pessoas atingidas pela hanseníase” seja oficializada. Há 32 anos o MOvimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN) defente dessa tese e conseguiu que nenhuma publicação oficial seja impressa no Brasil com termos discriminatórios, com exceção da bíblia.
Os representantes do MORHAN no congresso foram Thiago Flores, coordenador estaudal da entidade, doutor Getúlio Ferreira e Alice Cruz. Paralelo ao evento, aconteceu na Etiópia, África, o Encontro Internacional da ONU – hanseníase e direitos humanos. O coordenador nacional do MORHAN, Artur Custódio, foi um dos representantes do Brasil neste evento.
O fundador do MORHAN, o acreano Francisco Augusto Vieira Nunes, o Bacurau, foi lembrado em Bruxelas como o grande idealizador da luta contra o prconceito e a discriminação. A frase “Hanseníase também se cura com amor” foir creditada, como forma de preservar sua memória. A paulista Alice Tibiriçá, pioneira da causa da hanseníase, também foi citada. A frase “sem o governo se possível, com o governo se preciso e contra o governo se necessário”, de sua autoria, lembrou sua luta em defesa dos portadores de hanseníase.
Fonte: Jornal em foco online.