Promover um trabalho maior de informação para a população, voltado para a desmistificação da hanseníase, é uma das metas do novo diretor do Hospital Especializado Dom Rodrigo de Menezes, Paulo Roberto Pimenta de Oliveira. O secretário da Saúde, Jorge Solla, se comprometeu a promover as mudanças necessárias para que o hospital possa atender dignamente à população do estado.Atualmente o hospital tem uma média mensal de 5 mil atendimentos. “A cada mês recebemos cerca de dez novos casos e para atender melhor à população iniciaremos, em janeiro de 2008, a reforma do ambulatório”, afirmou o médico. Está nos planos da nova direção visitar as principais entidades médicas (Cremeb, ABM, Sociedade Brasileira de Dermatologia e escolas de Medicina) para buscar apoio para a criação de uma campanha de esclarecimento sobre a doença. “Sabemos o estigma que a doença traz, mas é preciso que a população saiba que a hanseníase tem cura, bastando que seja diagnosticada precocemente”.Situado no bairro de Águas Claras, em uma área de 1.800 metros quadrados, o Hospital Dom Rodrigo de Menezes foi inaugurado há 57 anos, para receber os 83 hansenianos que viviam no chamado “Asilo Secular de Quintas”. Enfrentando o estigma da doença, os pacientes eram abandonados pelas famílias, e segregados pela sociedade. Projetado como hospital de isolamento, com 230 vagas, o antigo hospital colônia hoje é uma unidade com 30 leitos em funcionamento, com ênfase para o atendimento de hanseníase, não só nos aspectos clínicos da doença, como também na reabilitação física e psico-social dos casos.Matéria baseada em artigo publicado pelo Jornal da Mídia (Salvador – BA)