Médicos premiados na Índia por trabalho sobre hanseníase recebem homenagem do CEAP

Médicos premiados na Índia por trabalho sobre hanseníase recebem homenagem do CEAP

Os médicos premiados em primeiro lugar pelo reconhecimento de trabalhos de clínica e terapêutica em Hanseníase, apresentados no 17º Congresso Internacional de Hanseníase-Hyderabad-India-2008, foram homenageados no último sábado (8), no Centro Educacional e Assistencial de Pedreira (CEAP), localizado na periferia da Zona Sul de São Paulo.  A Dra.Vânia Lúcia Siervi Manso e Prof. Dr. José Luís Alonso–Nieto foram os contemplados pelo tributo. Filha do saudoso Alcides Rodrigues Manso (1916-1977), que fazia empenho em que sua família mantivesse contato com as crianças isoladas dos seus pais (hansenianos) no Educandário Carlos Chagas –JF-MG, Vânia Manso é médica colaboradora do Projeto Franciscanos pela Eliminação da Hanseníase e trabalha no Ambulatório Dr César Antunes da Rocha organizando o programa de hanseníase em Hanseníase, além de ser preceptora  dos residentes de dermatologia do Hospital Ipiranga e capacitadora dos profissionais do PSF (Programa de Saúde da Família). Alonso-Nieto, por sua vez, foi Diretor do Serviço de Neurofisiologia Clínica e aposentado do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Atualmente, é responsável voluntário pelo serviço de eletromiografia (EMG) do Centro Educacional e Assistencial de Pedreira (CEAP). A cerimônia foi iniciada pelo administrador do CEAP, Jod Tanaka, que fez uma breve apresentação do CEAP: o Centro promove obras de assistência social, educativa e cultural, mediante a criação de estabelecimentos destinados à promoção social, centros de ensino profissionalizante, bibliotecas e ambulatórios médicos. Dra. Manso apresentou um discurso sobre sintomas, transmissão e tratamento da hanseníase. “A premiação deste trabalho se configura em um grande marco para a história da Hanseníase, pois se faz um alerta que é preciso ter presente que a doença pode afetar pacientes portadores de outras doenças com manifestações neurológicas, especialmente as mais comuns e de evolução crônica como a diabética, as carenciais e as hereditárias”, afirma. “Também retrata a realidade do Brasil, porque mantemos, nas ultimas décadas, a situação mais desfavorável da hanseníase na América e o segundo maior número casos novos do mundo. Anualmente são detectados uma média de 47.400 casos novos, 3 mil pessoas diagnosticadas com deformidade física e uma média de  4.000  casos anuais em menores de 15 anos, indicando transmissão recente e a ativa da doença”.