Movimento em defesa das pessoas atingidas pela hanseníase reestrutura núcleo de Fortaleza
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Ceará está em quarto lugar entre os estados do Nordeste com maior incidência da doença
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O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), que tem 39 anos de atuação no Brasil, reestrutura nesta quinta-feira (14 de janeiro) o núcleo no município de Fortaleza, capital do Ceará. A assembleia que reorganizará a coordenação do núcleo será realizada às 18 horas, na sede do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO-6), na avenida Rogaciano Leite, número 432, bairro Salinas. O evento contará com a presença do coordenador nacional do movimento e conselheiro nacional de saúde, Artur Custódio, vindo do Rio de Janeiro.
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“Estamos em um esforço nacional de reorganizar alguns núcleos de capitais, e nesse sentido é importante que avancemos em Fortaleza, uma capital importante. O Ceará tem altos níveis de casos e a sua capital possui não só uma referência estadual, mas também a capacidade de responder a diversas demandas de todo o estado. É importante que tenhamos esse núcleo ativo e reestruturado na capital, conversando com a mídia e com a sociedade local, para ter enfrentamento ao preconceito e acabar com a doença.”
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destaca Custódio. O Morhan tem representação em esferas do controle social, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), e atua em interlocução com governos, entidades da sociedade civil organizada e organismos internacionais em defesa dos direitos humanos das pessoas atingidas pela hanseníase no país. A eliminação da hanseníase, o enfrentamento ao estigma relacionado à doença, a qualificação da assistência – do diagnóstico à reabilitação – e o direito à reparação por violações de direitos que historicamente atingiram as pessoas afetadas pela doença e seus familiares são alguns dos objetivos do movimento.
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Hanseníase no Brasil e no Ceará
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O Brasil é o país com a maior incidência de hanseníase no mundo, com uma taxa de aproximadamente 13 novos casos para cada 100 mil habitantes, segundo dados de 2019 do Ministério da Saúde. No total, foram registradas 27,8 mil notificações de novos casos no ano. O Ceará, por sua vez, é o quarto estado com a maior incidência no nordeste, com 1.575 novos casos em 2019, uma taxa de 17,25 casos por 100 mil habitantes.
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“Além da taxa de incidência e da subnotificação que dificulta a eliminação da doença, desde 2020 estamos com dois graves problemas adicionais: o subdiagnóstico, já que com a desorganização dos serviços de saúde pela pandemia de covid-19, o Brasil tem diagnosticado muito menos casos de hanseníase do que deveria, e a falta de medicamentos, que já atinge intensamente os pacientes da região Nordeste”, alerta o coordenador nacional do Morhan. A expectativa é que o núcleo de Fortaleza possa intensificar as ações de prevenção e educação em relação à doença no estado.
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Saiba mais
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Hanseníase é uma doença infecciosa que afeta a pele e os nervos. Com o tratamento adequado, a partir da medicação e acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em unidades de saúde de todo país, a doença tem cura. A transmissão se dá pelo contato próximo e prolongado com pessoas sem tratamento afetadas pela doença na sua forma multibacilar. A partir do início do tratamento, a doença deixa de ser transmissível. São sinais e sintomas da doença: Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade à dor, térmica e tátil; sensação de fisgada e formigamento ao longo do trajeto dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; pele seca; inchaço nas mãos e nos pés; inchaço e dor nas articulações; redução da força muscular nos locais em que os nervos foram afetados; dor e espessamento dos nervos periféricos; caroços no corpo; olhos ressecados; feridas, sangramento e ressecamento no nariz; febre e mal-estar geral; feridas nas pernas e nos pés; e, nódulos avermelhados e/ou doloridos espalhados pelo corpo.
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Para mais informações e para se inscrever como voluntário/a, contate o Morhan pelo ZapHansen: (21) 97912-0108
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