Movimento em defesa das pessoas atingidas pela hanseníase se consolida em São Paulo e denuncia falta de medicamentos para tratamento da doença no país

Movimento em defesa das pessoas atingidas pela hanseníase se consolida em São Paulo e denuncia falta de medicamentos para tratamento da doença no país

Movimento em defesa das pessoas atingidas pela hanseníase se consolida em São Paulo e denuncia falta de medicamentos para tratamento da doença no país 

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O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), que tem 39 anos de atuação no Brasil, está reestruturando seu núcleo em São Paulo/SP.  A assembleia* que elege a coordenação do núcleo será realizada às 19 horas desta terça-feira (19 de novembro), na Rua Tenente Negrão 200, Itaim Bibi – São Paulo – SP (salão do Grand Mercure). O evento contará com a presença do coordenador nacional do movimento e conselheiro nacional de saúde, Artur Custódio, vindo do Rio de Janeiro. A assembleia também terá transmissão ao vivo pelo canal do movimento: youtube.com/MorhanComunicação  

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A reestruturação faz parte da estratégia de expansão do movimento no Brasil. “Precisamos fortalecer o enfrentamento à doença de forma transversal nas políticas públicas, com o viés dos direitos humanos”, destaca Custódio. Nesse momento, o movimento denuncia a crise de desabastecimento da PQT, a multidrogaterapia utilizada no tratamento da hanseníase: “Estamos recebendo relatos dramáticos de várias regiões do país, inclusive de profissionais de saúde e pessoas atingidas pela hanseníase do estado de São Paulo, onde também há falta da medicação”, alerta o dirigente. Saiba mais sobre a falta de medicação aqui.

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O Morhan tem representação em esferas do controle social, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), e atua em interlocução com governos, entidades da sociedade civil organizada e organismos internacionais em defesa dos direitos humanos das pessoas atingidas pela hanseníase no país. A eliminação da hanseníase, o enfrentamento ao estigma relacionado à doença, a qualificação da assistência – do diagnóstico à reabilitação – e o direito à reparação por violações de direitos que historicamente atingiram as pessoas afetadas pela doença e seus familiares são alguns dos objetivos do movimento.

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Hanseníase no Brasil

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O Brasil é o país com a maior incidência de hanseníase no mundo, com uma taxa de aproximadamente 13 novos casos para cada 100 mil habitantes, segundo dados de 2019 do Ministério da Saúde. No total, foram registradas 27,8 mil notificações de novos casos no ano.“Além da taxa de incidência e da subnotificação que dificulta a eliminação da doença, desde 2020 estamos com dois graves problemas adicionais: o subdiagnóstico, já que com a desorganização dos serviços de saúde pela pandemia de covid-19, o Brasil tem diagnosticado muito menos casos de hanseníase do que deveria, e a falta de medicamentos, que já atinge intensamente os pacientes”, destaca o coordenador nacional do Morhan. A expectativa é que o núcleo de São Paulo possa intensificar as ações de prevenção e educação em relação à doença no município e no estado, ao lado dos demais núcleos já estabelecidos na região.

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Saiba mais

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Hanseníase é uma doença infecciosa que afeta a pele e os nervos. Com o tratamento adequado, a partir da medicação e acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em unidades de saúde de todo país, a doença tem cura. A transmissão se dá pelo contato próximo e prolongado com pessoas sem tratamento afetadas pela doença na sua forma multibacilar. A partir do início do tratamento, a doença deixa de ser transmissível. São sinais e sintomas da doença: Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade à dor, térmica e tátil; sensação de fisgada e formigamento ao longo do trajeto dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; pele seca; inchaço nas mãos e nos pés; inchaço e dor nas articulações; redução da força muscular nos locais em que os nervos foram afetados; dor e espessamento dos nervos periféricos; caroços no corpo; olhos ressecados; feridas, sangramento e ressecamento no nariz; febre e mal-estar geral; feridas nas pernas e nos pés; e, nódulos avermelhados e/ou doloridos espalhados pelo corpo.

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*A assembleia está organizada conforme o protocolo de redução de danos do Morhan para a Covid-19, com uso de máscara obrigatório, dispensação de alcool em gel e máscaras para uso individual garantida pelo movimento, sem alimentação coletiva no local e em ambiente amplo com número controlado de pessoas para viabilização do espaço necessário entre os presentes.

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Para mais informações e para se inscrever como voluntário/a, contate o Morhan pelo ZapHansen: (21) 97912-0108

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Acompanhe o movimento nas redes:

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