O Caminhão da Saúde será relançado no próximo dia 20, ao meio-dia, em Taboão da Serra (SP), com a participação do artista-voluntário Ney Matogrosso, onde ficará até o dia 23. O projeto é uma iniciativa que conta com a parceria da Novartis, que forneceu o caminhão, e das prefeituras por onde a carreta passar, que ficarão responsáveis pelo atendimento da população e capacitação dos profissionais de saúde.Depois de Taboão da Serra (SP), o caminhão seguirá para Carapicuíba (SP), de 24 a 29/8; Rio, de 30/8 a 11/9; Nova Iguaçu (RJ), de 14 a 18/9; e Teixeira de Freitas (BA), de 28/9 a 1/10. As ações acontecerão sempre em áreas de alta prevalência de hanseníase. As demais cidades a serem visitadas estão em estudo. HistóricoO Caminhão da Saúde tem objetivos múltiplos. Além de levar o atendimento a locais endêmicos de hanseníase no país que, muitas vezes, oferecem assistência médica deficitária ou os médicos nem mesmo sabem identificar os sinais e sintomas da hanseníase – o que por si só já justificaria a ação -, a carreta é uma forma de mobilizar gestores e profissionais para o problema. No ano passado, quando a primeira versão do Caminhão da Saúde teve a parceria da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma), as principais ações foram focadas em cidades do Norte e Nordeste do país. Em apenas 11 dias, em Serra Pelada, por exemplo, foram diagnosticados 163 casos de hanseníase. O país possui bolsões da doença, onde há 10, 12, 15 casos por grupo de 10 mil habitantes. Por outro lado, a OMS preconiza ATÉ um caso por 10 mil habitantesOs resultados comprovam a existência de bolsões ocultos e subnotificação. Em União do Piauí, a ação da carreta descobriu em cinco dias 134 casos contra 19 detectados e notificados em 2007. Em 167 dias úteis de ação, em 32 municípios, foram mais de 1.300 casos. Ou seja: imaginava-se que não havia elevado índice da doença, enquanto o problema consistia em casos não descobertos até então.