Em São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde iniciou um alerta anual sobre o diagnóstico da hanseníase. O projeto consiste em um trabalho de sensibilização de médicos para o diagnóstico da doença e informativos em toda a rede de saúde. Campanhas como essa garante a São Paulo o título de Estado com os melhores índices sobre o controle da doença (0,49 caso para cada grupo de 10 mil habitantes).De acordo com a médica Mary Lise Caravalho Marzliak, coordenadora estadual do Programa de Controle da Hanseníase do Centro de Vigilância Epidemiológica, as estratégias para o combate da hanseníase são divididas entre a conscientização dos médicos e os trabalhos com a população. “As diretorias regionais têm autonomia para criar as melhores estratégias para a campanha junto ao público”, disse Marzliak, em entrevista a Bruno Ribeiro, para o jornal Diário do Grande ABC.O grande ABC tem o segundo melhor índice de controle da hanseníase dentro do Estado, com apenas 0,24 caso para cada grupo de 10 mil habitantes. O resultado positivo se deve a uma boa comunicação que cada rede municipal de saúde possui. “O Grande ABC tem uma rede altamente organizada. O sistema de informações funciona”, avalia a médica. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o índice ideal para controle da hanseníase é de um caso para 10 mil habitantes.