O programa Inclusão da TV Senado que abordou o tema “Hanseníase – um passado presente”, concebido e apresentado pela jornalista Solange Calmon, concorre na próxima quarta-feira (27) ao IV Prêmio Alexandre Adler de Jornalismo em Saúde. O programa está entre os três finalistas e disputa o primeiro lugar com outras duas emissoras de TV. A cerimônia de escolha do vencedor será realizada na Federação do Comércio do Rio de Janeiro.Os finalistas são homenageados com troféu e diploma. O primeiro colocado receberá ainda um prêmio em dinheiro. O prêmio Alexandre Adler de Jornalismo em Saúde é uma iniciativa do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde do Rio de Janeiro (Sindhrio) em parceria com o Centro de Educação em Saúde do Senac Rio (CES/Senac Rio) e com o Sindicato de Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ). A autora do programa informou que, caso o especial receba o primeiro prêmio, o valor será doado ao Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). Ela explicou que esse grupo realiza um trabalho junto às pessoas que apresentam seqüelas da doença e estão em hospitais-colônia no Rio de Janeiro. O grupo Morhan também realiza levantamentos estatísticos e desenvolve atividades de conscientização sobre a enfermidade em todo o Brasil.Solange Calmon salientou que, apesar de ser antiga, a doença ainda é um problema de saúde pública no Brasil: a cada 12 minutos, uma pessoa é contaminada com o bacilo da hanseníase no Brasil. O país está em segundo lugar em número de portadores da doença, atrás apenas da Índia. Em 2003, segundo o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, 80 mil pessoas encontravam-se em tratamento. A jornalista informou que o programa Inclusão vai sugerir audiência pública para debater o tema na Subcomissão de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde, que funciona no âmbito da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.”Hanseníase – um passado presente” foi ao ar em outubro de 2005 e o programa destacou que pode haver cura da doença quando tratada precocemente. Os sinais de aparecimento da hanseníase são manchas avermelhadas ou esbranquiçadas pelo corpo, insensíveis à dor e ao calor. Atualmente, os postos de saúde fazem o diagnóstico e o tratamento da doença. O prêmio Alexandre Adler é nacional e tem como objetivo valorizar os profissionais que se destacam na cobertura do setor de Saúde, considerando os aspectos social, econômico, cultural ou científico. O julgamento das matérias leva em consideração sua contribuição para o sistema de saúde brasileiro e avalia ainda a qualidade técnica da reportagem. Nessa edição, o concurso recebeu o número recorde de 189 inscrições, sendo 30 na categoria TV. Por Iara Borges (Agência Senado)