A sede da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais (ASTHEMG), na cidade de Belo Horizonte, foi o palco da reunião sobre as colônias da rede FHEMIG e jornada de trabalho do serviço de enfermagem, realizada em primeiro de julho. Ondina A. Flausino, Gilvanete de Oliveira e Ivone de Oliveira (Colônia Padre Damião de Ubá) estiveram presentes no encontro, que também contou com Nilmário Miranda, Rogério Correia e Mônica Abreu, fundadora da associação.Além de solicitar para as colônias da Rede FHEMIG melhorias das condições de trabalho, qualidade de vida, qualidade da assistência e nivelação das condições de ambas com objetivo de tentar resgatar a dignidade das pessoas acometidas pela hanseníase. Também foi solicitado apoio ao PL 2295/00, que regulamenta a jornada de trabalho do serviço de enfermagem e na luta dos filhos atingidos pela “Lei Compulsória”, Lei federal nº610 de 13/01/1949, que determinava que todo recém nascido, filho de um portador de hanseníase, seria compulsoriamente afastado da convivência dos pais. “Muitas destas crianças foram adotadas e cresceram sem saber da sua origem, ou encaminhadas para os chamados preventórios e/ou para educandários distantes, horas após o nascimento, sem poder sequer serem abraçados e amamentados por suas mães”, informa Ondina Flausino, que estava na reunião. Hoje, conforme a Lei 11520/2007, os pais que foram isolados à força em colônias até o período de 1986, reivindicam o direito a uma indenização. “Afinal, o Estado brasileiro tem uma dívida também com esses filhos e é parte desta dívida que querem a reparação, embora nem todo dinheiro do mundo pagará pelo sofrimento desses filhos separados dos pais pela hanseníase. Eles foram separados, sofreram, mas estão juntos agora e querem justiça”, finaliza.