São Bernardo (SP) garante sapataria para portadores de hanseníase, mas ainda não sabe o local

São Bernardo (SP) garante sapataria para portadores de hanseníase, mas ainda não sabe o local

A sapataria que fornece gratuitamente botas ortopédicas a portadores de hanseníase e deficientes físicos do Grande ABC não será desativada. Foi o que garantiu na última segunda-feira (23) o médico Alessandro Neves, assistente de Diretoria do Departamento Hospitalar da Prefeitura de São Bernardo, em entrevista ao jornal paulistano “Diário do Grande ABC”. Porém, o médico não sabe ainda para onde irá a unidade. Cerca de 200 pessoas são beneficiadas pelo serviço. Atualmente, a sapataria funciona no mesmo andar da Clínica de Especialidades da Vila Duzzi. O espaço é cedido pelo INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). A Prefeitura deve desocupar o local até março.Segundo a matéria de Marco Borba, a sapataria deverá ser fechada dentro de um mês. Prazo em que a Prefeitura pretende conseguir novo espaço. O maquinário pertencente ao Estado será devolvido à DIR-2 (Diretoria Regional de Saúde). Os equipamentos foram cedidos pelo Estado há 10 anos, ocasião em que o atendimento aos hansenianos passou a ser feito pelos municípios.Além da sapataria, a Clínica abriga especialidades como fisioterapia e oftalmologia. As especialidades serão transferidas para outros espaços. A fisioterapia, por exemplo, vai para o Pronto-Socorro do Rudge Ramos.Ao ser questionado sobre se a Prefeitura não dispõe de outro espaço para acomodar a sapataria, respondeu: “As máquinas são do Estado. Os equipamentos vieram para cá porque na época a cidade concentrava o maior número de pessoas com hanseníase. Ainda não encontramos outro espaço, por isso pedimos ajuda à DIR-2. Isso não significa dizer que a fabricação não será mais em São Bernardo.” A DIR-2 informou que ainda nesta semana deverá procurar outro espaço na região para instalar a sapataria. Vale lembrar que esse mês o Estado de São Paulo promove a campanha “Hanseníase: Difícil de falar, Fácil de tratar” em vários municípios. Os indícies locais estão bem abaixo do proposto pela OMS (Organização Mundial de Saúde).