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Casos de Hanseníase cada vez maiores no município de Bacabal

SÃO LUÍS – Segundo a Agência Brasileira do Rádio que presta serviços ao Ministério da Saúde, Bacabal está lista dos 150 municípios que nos últimos cinco anos registraram mais de 50 casos novos de Hanseníase. Por isso é considerado prioritário pelo Ministério da Saúde para a eliminação da doença.Em 2004, 206 cidades estavam na lista. A quantidade de minicípios prioritários diminuiu por causa dos avanços do Programa Nacional de Combate à Hanseníase. ]Em 2005, foram registrados em Bacabal um índice de 9,38 casos da doença para cada grupo de 10 mil habitantes. O número pode ser considerado alto uma vez que a média brasileira é de 1,48.

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Olinda orienta população sobre a hanseníase

Segundo a coordenadora do Programa de Eliminação da Hanseníase em Olinda, Tânia Regina, o objetivo da ação educativa é alertar a população, já que existe um grande número de pessoas portadoras na cidade e que desconhecem a doença. “Orientando esses pacientes, iremos evitar o diagnóstico tardio e que outros indivíduos sejam contaminados. A nossa idéia também é desconcentrar o atendimento em Recife e informar aos pacientes que Olinda também existem centro de referência da doença”, afirma a coordenadora.Olinda está entre as cidades brasileiras com níveis hiper-endêmicos da doença. A taxa de prevalência (pessoas em tratamento) da cidade é de 7,2 casos por 10 mil habitantes. A meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que esses parâmetros sejam reduzidos para pelo menos um caso por 10 mil habitantes. A mobilização contará com atrações musicais da própria comunidade, uma caminhada e distribuição de material educativo sobre hanseníase a partir das 10h30. A caminhada sairá da Associação dos Moradores, seguindo pelas ruas Djalma Dutra e Alegria e pelas Avenidas Correa de Brito e Benjamin Constant. O destino final é a Associação de Salgadinho. Doença – A hanseníase, causada pelo bacilo de Hansen (mycobacterium leprae), é uma doença transmitida por vias respiratórias, através de tosse ou espirro, a partir de uma contato intenso com o doente. A maioria das pessoas (90{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}) é resistente ao bacilo e outras desenvolvem a doença que pode iniciar pela baixa imunidade. Os sintomas geralmente aparecem de dois a sete anos depois da transmissão. A doença pode ser detectada em um simples diagnostico clínico. O tratamento da hanseníase é padrão para todos os casos, dura de seis a doze meses e somente é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Olinda, a população conta com dois postos de referência: a Policlínica Barros Barreto, no Carmo, e a São Benedito, em Peixinhos. Para Tânia Regina, o abandono no meio do tratamento é o maior problema para a Secretaria de Saúde de Olinda. “Estamos lutando para diminuirmos a evasão dos pacientes. O tratamento de hanseníase pode ser encontrado em toda rede básica da cidade”, explica.

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O drama da hanseníase – Parte I

Parece um segredo de Estado, mas não é. A tragédia mais silenciosa do Brasil chama-se hanseníase – ou lepra ou mal de Hansen, do nome do cientista norueguês Gerhard Hansen, responsável pela identificação do bacilo causador da doença (Mycobacterium leprae), em 1873. Os números são escandalosos, suficientes para envergonhar e revoltar. No ano passado, foram registrados 38 mil novos casos, segundo o Ministério da Saúde. Os dados causam ainda maior indignação diante do desprezo das autoridades: o Brasil, cheio de recordes do bem (futebol) e do mal (juros, corrupção, pobreza), é o segundo país do mundo em número absoluto de pacientes, somando até agora cerca de 80 mil vítimas da enfermidade. Perde apenas para a Índia. Porém, nesse quesito, é preciso considerar que a Índia tem uma população cinco vezes maior do que a nossa. Além disso, os indianos conseguiram um feito memorável que nós, brasileiros, ainda não tivemos a capacidade de executar. Em termos proporcionais, eles derrubaram os índices da doença aos níveis considerados aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso significa que, lá, a média é de menos de um caso para cada dez mil habitantes. Por aqui, ainda amargamos a taxa de 1,47 paciente para cada dez mil pessoas. O Brasil é também o responsável (ou melhor, irresponsável) por 90{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} dos casos desse mal infeccioso nas Américas.O alto índice dos casos no País indica uma negligência constante da vigilância sanitária. Até o acordo feito com a OMS em 1991, prevendo a eliminação da doença, o País não teve competência para assumir. Dos 122 países, apenas 14 – entre eles o Brasil – não cumpriram a meta e pediram uma prorrogação para 2005. Neste campo da vergonha, jogamos ao lado de Angola, Congo, República Centro-Africana, Índia, Madagascar, Moçambique, Nepal e Tanzânia. Mais uma vez, nada foi cumprido e adiou-se novamente o prazo, agora para 2006. E chegamos a 2006, ano de eleições em que tudo é possível, até o anúncio de promessas passageiras e ilusórias que servem de escada para candidatos tentarem chegar ao pódio.A doença, com cerca de quatro mil anos de registro no mundo, pode acarretar invalidez severa e permanente se não for combatida a tempo. O bacilo ataca a pele e os nervos, principalmente os dos braços e das pernas. Por isso, a hanseníase aparece na forma de manchas pálidas ou avermelhadas, dores, cãibras, formigamento e dormência nos braços, mãos e pés. Outros sinais são caroços, localizados principalmente nos cotovelos, mãos, face, orelhas e pés. A transmissão da bactéria se dá pelas vias aéreas ou pelo contato direto com as lesões na pele. No entanto, apenas uma das formas da doença é transmissível, e, mesmo assim, depois de intenso e prolongado contato com o infectado. O tempo de incubação da bactéria é longo: os primeiros sintomas surgem de dois a cinco anos após o contágio. O tratamento, se seguido corretamente, cura a doença. Não foi à toa, inclusive, que, entre 1985 e 2000, o número de casos tenha caído 90{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} em todo o mundo. Em países desenvolvidos, como a França, a doença é praticamente inexistente. Por lá, há apenas 250 casos declarados. A terapia consiste no uso de antibióticos no período de seis meses a dois anos, dependendo do caso. Os remédios, doados pela OMS, são gratuitos – o que torna ainda mais doloroso o vexame diante dos constrangedores números brasileiros sobre a doença.Prioridade – Diante de tudo isso, é de se perguntar por que um país como o Brasil, orgulhoso de seu programa-modelo de controle da Aids, não consegue combater algo tão mais simples do que o HIV, um vírus que pode pregar peças na ciência com sua fantástica capacidade de mutação e ainda sem um remédio que o derrote definitivamente. Bem ao contrário da hanseníase. Nesse caso, se o paciente tomar apenas uma dose do tratamento, a bactéria deixa de ser transmissível. As respostas, como de hábito em muitos dos assuntos de sa

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O drama da hanseníase – Parte II

Na opinião de Souza, há falhas na maneira de informar a população sobre a doença e na identificação dos casos. “As campanhas devem ser mais bem focadas e com linguagem mais compreensível”, defende. E, quanto ao diagnóstico, também há buracos graves. Hoje, teoricamente, ele pode ser feito em postos de saúde. O problema é que a maioria dos médicos pouco sabe da doença. “Muitos saem das faculdades sem ter visto um paciente”, afirma Mary Lise Marzliak, da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo. Para piorar, a enfermidade recebe apenas de quatro a oito horas de atenção durante os seis anos do curso de medicina. E sintomas como alterações de sensibilidade na pele fazem parte da lista de sinais de outras patologias, como a diabete. Portanto, cair na armadilha de um diagnóstico errado é fácil. Não há também uma rede eficiente para detecção da cadeia de transmissão da doença. Uma prova disso é o fato de que 10{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} dos novos casos registrados são de crianças. O índice mostra que os pequenos estão convivendo com muitos adultos não tratados, o que revela a existência de redes de contágio desconhecidas das autoridades públicas. A situação demonstra também que, ou as crianças não estão tendo acesso ao sistema de saúde ou, se chegam a ser atendidas, o atendimento não é correto.Isolamento – O governo brasileiro reconhece que a lição de casa ainda não foi feita. E credita as falhas à falta de estrutura do programa de eliminação de hanseníase observada principalmente na década de 90. De acordo com Jarbas Barbosa, secretário nacional da Secretaria de Vigilância em Saúde, o atendimento feito apenas em alguns postos e a ausência de campanhas de informação ajudaram a negligenciar a doença. “Mesmo nos municípios onde a incidência era alta, a assistência era precária”, afirma. Segundo o secretário, o programa passou por uma reformulação a partir de 2003, que incluiu a abertura de postos de atendimento e treinamento dos profissionais para que eles fiquem aptos a identificar casos da doença. Além disso, garante que as cidades consideradas prioritárias são acompanhadas mais de perto pelo Ministério. “Em alguns Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, atingimos a meta de eliminação. Mas ainda temos muito a fazer”, admite o secretário.Paralelamente às dificuldades para controlar a doença, o País convive com outro drama causado pela ignorância que durante anos determinou os rumos do tratamento contra a hanseníase. Trata-se da delicada e urgente questão de como dar uma condição digna de vida aos antigos pacientes confinados ao longo de décadas no que se chamava de hospitais-colônias ou leprosários. Essas instituições foram criadas a partir do final da década de 20, período em que reinava no Brasil a tese de que os pacientes deveriam ser isolados da sociedade. Era a triunfante vitória do preconceito. As tais colônias eram verdadeiras cidades. Contavam com cinemas, escolas, delegacias e, é claro, segundo as regras da discriminação, até cemitérios próprios. Os pacientes eram procurados tal qual criminosos e ali aprisionados. As edificações eram fortificações com muros e portões intransponíveis, com direito à presença de um guarda sanitário. Era ele que saía à procura de fugitivos. E, já que a vida deveria correr entre os muros das colônias, muitos doentes ali se casaram e tiveram filhos. Imediatamente após o nascimento, porém, os bebês eram levados para orfanatos. Filhos e pais podiam se encontrar apenas duas vezes por ano.Essa política de exclusão durou até a década de 70. A partir de então, iniciou-se a implantação do tratamento feito nos postos de saúde. Seria ótimo se grande parte dos doentes tivesse para onde ir. Mas não tinha. Separados da família, do trabalho, durante anos, muitos se viram como crianças desprotegidas em meio a estranhos. Vários foram rejeitados, outros não se adaptaram à vida de liberdade. Sem outra opção, voltaram para as antigas colônias e

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Encontro mostra resultados alcançados pelo Maranhão com a Hanseníase

Nos últimos anos mais de cinco mil profissionais de saúde foram capacitados nas ações de controle da hanseníase no Maranhão, aumentando de 19{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}, em 2004, para 33{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}, ano passado, o percentual de unidades de saúde com o Programa de Eliminação da Hanseníase implantado. Isso significa que todos os municípios maranhenses têm pelo menos um serviço de saúde que presta assistência aos portadores da doença. Os resultados positivos chamaram atenção da ILEP do Brasil, organização internacional que financia boa parte das ações brasileiras na área, e que realizará encontro nos próximos dias 24, 25 e 26 de abril, no Hotel Brisamar.A ILEP – International Federation of Anti-Leprosy Associations – surgiu da necessidade de organizar o trabalho realizado por dezenas de organizações não governamentais no mundo que desenvolvem atividades ligadas à questão da hanseníase. Participarão do evento em São Luís, membros das ONGs da Holanda, Itália, Bélgica, Estados Unidos da América, Alemanha, Inglaterra e Espanha. Anualmente, este grupo se reúne para discutir as estratégias desenvolvidas para o controle da hanseníase e da tuberculose no ano anterior e planejar as ações do ano vigente. A programação da conferência, que conta com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), terá início amanhã, às 8h, no Hotel Brisamar. À noite, a partir das 19h, acontecerá a abertura oficial do encontro, no Palácio dos Leões, que contará com a presença de autoridades, entre elas, a coordenadora do Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase (PNEH) do Ministério da Saúde, Rosa Castália, a secretária de Estado da Saúde, Helena Duailibe Ferreira, a representante da ILEP no Brasil, Manfred Göbel, e a representante da Dahw no Maranhão, Hannelore Vieth.Na terça-feira, haverá palestras e discussões sobre projetos a serem desenvolvidos no Brasil, este ano. No último dia do encontro, na quarta-feira, a comitiva visitará o Centro de Saúde Genésio Rêgo, na Vila Palmeira, que está em vias de ser reconhecido no estado como referência para assistência aos portadores da hanseníase. A ILEP está presente em 94 países apoiando mais de mil projetos, com recursos anuais de U$ 20 milhões. As sete organizações filiadas no Brasil trabalham sob os princípios da cooperação. No Maranhão, as ações do Programa Estadual de Eliminação da Hanseníase são realizadas em parceria com a ONG Dahw, que tem escritório montado em São Luís há 10 anos.”Além de não conhecer o Estado, o que motivou a realização da conferência no Maranhão foi os bons resultados alcançados pelo programa”, destacou a representante da Dahw no Maranhão, Hannelore Vieth.Ela acrescentou que os números mostram a evolução do Maranhão. Em todas as secretarias municipais maranhenses o programa de hanseníase está implantando e funcionando com profissionais treinados. Todos os municípios mantêm pelo menos um serviço de saúde dispensando medicamentos para os hansenianos. Os maiores, como São Luís, implantou o programa em 50 postos de saúde, e em Imperatriz, já são mais de 30.”Essa evolução foi possível graças ao grupo de Assessoria Técnica de Hanseníase e Tuberculose montado no Maranhão, que é a locomotiva do Programa de Hanseníase no Estado”, disse Hannelore Vieth.

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Fórum discute a incidência da hanseníase no município de Sobral, Ceará

Para diagnosticar o que está acontecendo foi realizado na última quarta-feira, 19, no Centro de Convenções de Sobral, o I Fórum de Humanização da Atenção à Saúde das Pessoas Atingidas pela Hanseníase.Estiveram presentes o secretário de Saúde do município, Arnaldo Costa; a coordenadora do Serviço de Epidemiologia de Sobral, Socorro Carneiro; a coordenadora geral do Movimento de Reabilitação de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Célia Rolim; a doutora Lígia Ker, professora da Universidade Federal do Ceará e coordenadora de uma pesquisa sobre a doença no município, além de profissionais da área de saúde. Em sua palestra de abertura, Arnaldo Costa enfatizou a importância do incentivo às ações primárias no combate e erradicação da doença. “Não podemos apenas diagnosticar a doença e tratar o doente. Temos de ir atrás também dos fatores que desencadeiam a doença”, disse o secretário, fazendo previsões otimistas. Mas, os dados da doença em Sobral são preocupantes.Levantamento da própria Secretaria da Saúde mostra que o município tem registrado hoje 102 casos, o que corresponde a uma taxa de 5,9 casos para cada 10 mil habitantes. Isso, segundo o Ministério da Saúde, coloca o município na faixa considerada de alta endemia. Para tentar diagnosticar as causas da incidência de hanseníase no Ceará, a Universidade Federal do Ceará está realizando uma ampla pesquisa em todo Estado. A pesquisadora Ligia Kerr destacou que a hanseníase ainda é uma doença pouco conhecida dos profissionais da área de saúde. “Muitos países não têm conseguido derrubar essa doença e o Brasil é um deles”, avaliou, acrescentando que um dos objetivos do trabalho é estudar a interligação entre como a transmissão da doença se dá entre o meio familiar e o meio externo. “Estamos analisando fatores genéticos dos pacientes e realizando um dado comparativo da doença entre pessoas de uma mesma família e as de fora dela que também são portadoras”. A hanseníase, segundo os especialistas, tem imbricações diretas com a pobreza, a fome, falta de higiene e outras mazelas agravadas pelas desigualdades. “Em países onde esses fatores foram erradicados a incidência da doença praticamente é nula”, afirmou Lígia Kerr, enfatizando que, além dos fatores socioeconômicos, o contato com fontes de água poluída que trazem a bactéria Mycobacterium leprae, responsável pela doença, também estão sendo levados em conta na pesquisa. Outro fator que, segundo Lígia Kerr, tem mantido os índices de infestação em alta são os poucos exames realizados nos pacientes suspeitos de terem a doença. “Praticamente só se realizam exames de rotina nesses pacientes. Pelo menos cinco exames importantes são deixados de ser feitos nessas pessoas. Com isso, a proliferação da doença tem sido alta”, comentou, informando que com a pesquisa foram introduzidos novos exames para um diagnóstico mais preciso. Para a pesquisadora o problema todo não está na omissão dos profissionais da saúde para com a doença, mas sim por uma determinação do próprio Ministério da Saúde. Para a coordenadora do estadual do Morhan, doutora Célia Rolim, o que falta mesmo é vontade política para resolver a problemática da hanseníase no Brasil. “O Brasil é um dos cinco países no mundo que ainda não conseguiu eliminar a doença”, afirmou. Segundo Célia Rolim, uma delegação do Morhan esteve em Brasília conversando com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que prometeu ações mais efetivas para a erradicação da moléstia em território nacional.”Estamos sempre em alerta e esperamos que alguma coisa realmente seja feita”, concluiu.

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